Saem-me do pensamento
em forma ignorada,
negros e lustrosos
pensamentos
que em luta contínua
tentam se colorir…
Quem sou eu?…
A livre
que desejaria
a santa
que gostariam
ou a louca
que me obrigam ser? …
Nunca mais
a dor que me doeu outrora:
tão sofrida…
Porém, a inconsequência
do ser humano
sempre a quer de volta.
– O prazer da dor…
Na tranquilidade
de uma vida vazia,
o abismo
de preocupações agora…
O sofrimento faz parte
Deste jogo sem fim.
(quem o fez?)
E não se foge da armadilha.
Ser caçadora
e caça nesta selva maluca…
Nesta vida
que não me entendem,
que não entendo.
Fico melhor
sendo a incógnita…