Precisamos falar sobre bullying, sobre violência, sobre tolerância e respeito, sobre saúde mental de forma geral.
Porque tudo o que estamos vendo e vivendo tem uma causa e origem: educação. Educação familiar, em primeiro lugar, a estrutura mínima para que uma criança possa crescer de forma saudável tendo suas necessidades básicas atendidas. Para que a adolescência transcorra em um ambiente de compreensão e seja acompanhada da forma correta. Para que estes adolescentes e jovens cresçam e se torne adultos saudáveis – em todos os sentidos – capazes de viver e conviver em sociedade.
Esqueça, por um momento, a geração nutella e o mimimi. O assunto é grave e merece toda a nossa atenção.
Bullyng, por exemplo, não é uma brincadeira qualquer, não é uma zoação como chamávamos lá atrás. Bullyng é um ato maldoso e praticado intencionalmente quando a pessoa sabe o que está fazendo mesmo ciente que está machucando o outro. E isto é sério, muito sério.
Se você fala de forma pejorativa ou maldosa do corpo, do cabelo, da raça, da religião, da sexualidade, das características e escolhas pessoais de alguém; se a pessoa demonstra estar incomodada ou não gostar do que você está falando a respeito dela isto é bullyng.
Se você espalha informações falsas, se você denigre a imagem de alguém para outros colegas, isto também é bullyng.
Se você sabe que algo de errado ou ruim está acontecendo e não faz nada, seja você um professor, um diretor, um pai ou uma mãe, você ratifica o mal, colabora para que isto cresça e chegue ao ponto do incontrolável, da violência, do atentar contra a vida de outros e da sua própria. Vamos parar de fechar os olhos. Vamos parar de achar que esta geração é só “mimizenta” porque por trás de tudo o que está acontecendo tem muita coisa para ser vista – é uma questão social que diz respeito a todos nós. Sim, esta geração precisa aprender muito sobre respeito, sobre frustração, sobre resiliência, sobre controle emocional, sobre limites e tudo isto vai demorar. Mas, enquanto aprendem, de quem é a função e responsabilidade de observar, cuidar e intervir quantas vezes for necessário? É sua responsabilidade. É minha responsabilidade. É do adulto seja ele um familiar, um cuidador, o professor, o policial ou o vereador. Olhe para e pelo seu filho. Olhe para as amizades dele, também. Olhe para os seus alunos. Atentamente. Passou da hora de entendermos – e agirmos – porquê a SAÚDE MENTAL de nossas crianças e adolescentes está em grande risco. E não é de agora. Esta geração tem excesso de coisas e falta daquilo que mais importa: amor com responsabilidade, pais presentes, limites com respeito, olhares atentos. Enquanto isto vidas se perdem, histórias e sonhos se encerram e traumas se instalam. Não feche seus olhos! Cuide de você e de quem está ao seu lado!