No primeiro semestre deste ano, somente no estado de São Paulo, 2.999 pessoas morreram em acidentes automobilísticos. O número representa mil óbitos a mais do que no mesmo período de 2023, quando foram registrados quase dois mil óbitos. Os dados são do Infosiga, a plataforma de estatísticas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Os números poderiam ser ainda maiores, porque o cálculo das mortes por acidentes no trânsito no Brasil é diferente de outros países. Pela lei nacional, só é considerado morte no trânsito quando a pessoa morre no local; vítimas hospitalizadas que vêm a falecer depois, não entram nessa conta.
Os motociclistas foram as principais vítimas fatais nas ruas e estradas paulistas no primeiro semestre, totalizando quase 1.300, seguidos por condutores de automóveis e pedestres, com cerca de 700 casos em cada grupo, e depois os ciclistas, com 219 mortes.
Segundo o Infosiga, sábado e domingo são os dias mais letais. O Detran registra a maior parte das ocorrências com óbito durante a noite e a madrugada desses dias da semana.
No ranking das nações com mais mortes em acidentes de trânsito, o Brasil ocupa o terceiro lugar, superado apenas por Índia e China, com populações cinco a seis vezes maiores que a brasileira.
As recomendações dos órgãos oficiais que monitoram o trânsito no país ressaltam os critérios básicos de direção: se for beber, não dirija; respeite os limites de velocidade; use a seta para mudar de faixa; e, sempre atravesse a rua na faixa de pedestre.