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Dona Olimpya e a história do Movimento dos Idosos

 

 

Olimpya da Silva Buzeto nasceu em Taiuva, no dia 12 de junho de 1933, dia dos namorados. Filha de Vitorino Mariano da silva e Maria Gomes da Silva tem sete irmãos: Irene (in memorian), Odilon (in memorian), Adelson, Alaíde, Adailson, Darci (in memorian) e Dirce.
Casou-se pela primeira vez com Nelson da Rocha Tavares, com quem viveu por 14 anos, até o seu falecimento. O casal teve cinco filhos, Ermínio, Nelson, Elizabete, Nilton (in memorian) e Paulo, que lhe concederam 11 netos: Francine, Carlos Eduardo, Mariana, Fernanda, Luciana, Nelson, Soraia, Samuel, Diogo, Nadine e Elen. E ainda tem 12 bisnetos e dois que estão para chegar.
Iniciou seus estudos no grupo escolar de Taiuva e terminou fazendo supletivo em Monte Alto na escola Jeremias de Paula Eduardo. Ainda criança, mudou-se para a fazenda do Senhor Bernardo Fonseca, em Monte Alto, no ano de 1945.
Seu primeiro emprego foi na empresa “Peixe”, em Taquaritinga. Logo após, trabalhou de doméstica e na setor de fiscalização da prefeitura de Monte Alto. Casou-se pela segunda vez com Orélio Buzeto (in memorian), com quem viveu durante 5 anos.

Momentos difíceis – Perguntei a dona Olimpya como foi ser viúva duas vezes e chegar aonde chegou. Ela me disse: “Olha Alencar, foi difícil, muito difícil, principalmente quando fiquei viúva pela primeira vez, tinha cinco filhos ainda crianças. Não foi fácil, mas lembro-me que quando eu estava inconsolada, o Dr. José Rodrigues falava: olha Dona Olimpya, tem gente pior. 
Mas, com muita fé em Deus, muita luta, trabalho e honestidade, conseguimos superar. Quero registrar que tive a ajuda de muita gente boa aqui em Monte Alto”.

MIMA – “Lembro-me com bastante alegria e saudade o início do Movimento dos Idosos, mais conhecido como MIMA. Foi quando o Dr. José era prefeito, a dona Eliná, a Presidente do Fundo Social. Eles nos incentivaram, dizendo que a gente, com certa idade, deveria ter um grupo unido para realizarmos nossos encontros, para decidirmos sobre nossas atividades de lazer. Os primeiros forrós foram no Turcão I e eram eventos inéditos. Principalmente no mês de junho, era realizada uma espécie de festival de quadrilhas juninas, onde compareciam vários representantes das cidades da região, entre elas: Araraquara, Américo Brasiliense, Jaboticabal etc… vinham de todos os lugares e tínhamos a nossa quadrilha também.  O nosso movimento foi se expandindo e foi inaugurado o Turcão II, e passamos também a realizar eventos naquele local”.

Os primeiros diretores – “O primeiro presidente do MIMA foi o Sr. José Bergo (in memorian), depois a Elza Amaral, Pedro Beltrame. Porém, muitos que começaram com a gente ainda continuam colaborando e fazendo parte da diretoria”.

Tempos difíceis – “Chegou uma época em que as coisas foram se tornando difíceis. A gente não tinha local para se reunir. Para você ter uma ideia, muitas vezes chegamos a ensaiar quadrilhas na parte externa do Centro Cívico, do lado de fora; as vezes no frio e até em noites de chuvas finas. Ai eu pensei e disse: isso não é justo, e reuni a diretoria, conversei com o pessoal e fomos falar com o prefeito da época, que era o Elias Bahdur. Eu, a Lidionete, alguns diretores e meu então marido, Orélio Buzeto fomos pedir para ele um terreno para termos nossa sede própria.Lembro que ele olhou para o Orélio, que era fiscal da prefeitura, e perguntou: “Você sabe se tem algum terreno disponível, que o munícipio poderia ceder para eles fazerem a sua sede própria?”. O Orélio respondeu que sim. “Então, vamos arrumar um para eles”, disse o prefeito Elias”.

A construção – “Começamos a construção com dificuldades, fizemos rifas, os sócios colaboraram com mensalidades. Aí inauguramos a sede. Realizamos eventos e juntamos dinheiro para expandirmos o local. Depois fomos plantando árvores frutíferas até chegarmos a construir a piscina que temos, com água aquecida. Mais tudo isso foi à custa de muito trabalho, de todos nós. Importantes bailes, festas juninas, entre outras foram realizados para a construção da nossa sede”.

Concursos – “No MIMA já realizamos importantes eventos e gostaria de destacar a Miss e o Mister Terceira Idade, que elegeu  Miss Eunice Morcelle e o Mister Wilson Duque, que levaram o nome de Monte Alto ao Brasil”.

Os bailes aos domingos – “Quando eu morava no sítio, a gente vazia um bailinho aos domingos. Naquele tempo era chamado de brincadeira dançante. Lembrando disso, um dia eu falei para o pessoal: “Vamos tentar fazer bailes aos domingos?”. E começamos a realizar os eventos com as bandas da cidade, o Panichele, o Mussato, entre outros. A experiência deu certo, e aos poucos foi aumentando o número de participantes, chegando a ter 600 pessoas no salão”.

Saudades – “São muitas as saudades e lembranças dos meus filhos. Lembro-me de uma ocasião especial, quando minha filha Bete debutou, aos 15 anos no Monte Alto Clube. Foi um momento inesquecível, veio artista de fora, o Dr. Aniz Haddad foi padrinho dela. Eu, uma viúva humilde, vendo ela ali, no meio da sociedade, foi inesquecível. Também me lembro com saudade dos eventos realizados pelo Martins e pela Clarice, os coquetéis, as entregas do Troféu Saga. Era legal, uma coisa bonita que não existe mais, era muito animado. Ficou marcado na minha vida”.

Mensagem – “A minha vida foi muito difícil, tive que abrir minha estrada na picareta. Na vida, geralmente é assim, por isso digo: jovens, trabalhem sem cessar, com perseverança e honestidade que vocês chegam lá”.

 

 

 

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