Milagres de vida: montealtenses superam momentos difíceis com fé e resiliência

Maria Cristina Zaupa Antônio e Julio Tirolla enfrentaram grandes desafios e encontraram um novo propósito de vida
Ao lado do marido Jair, Cristina Zaupa recebeu a equipe do O Imparcial e falou de sua história e de sua recuperação

Dois montealtenses que tiveram suas vidas marcadas por momentos difíceis encontraram na fé e na superação não apenas uma saída, mas uma nova maneira de viver e inspirar aqueles ao seus redores.

Em maio de 2023, a advogada Maria Cristina Zaupa Antonio, que atuou como secretária de Negócios Jurídicos na gestão da ex-prefeita Silvia Meira, envolveu-se em um grave acidente quando estava a caminho de Itápolis, onde prestava serviço de consultoria.

Em conversa com O Imparcial, Cristina relembrou os difíceis momentos vividos à época. Ela conta que não se lembra do acidente, mas que em conversas com o marido, Jair Antonio, ele narrou tudo o que aconteceu. Cristina estava no trevo de Itápolis quando seu sapato enroscou no pedal do acelerador e ela não conseguiu parar, sendo atingida por um caminhão.

Ela foi socorrida e imediatamente encaminhada ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, onde ficou em coma por cerca de 60 dias. Quando voltou para casa, começou a entender a gravidade do que havia passado.

“Meu marido me contou que o médico o chamou e disse que se eu não acordasse nos próximos dias, ele não garantia que eu iria sobreviver”, lembra Cristina.

Atualmente, ela conta com uma equipe multiprofissional que auxilia em sua recuperação. São dois fisioterapeutas, fonoaudióloga, psicólogo e cuidadoras unidos, além de toda a dedicação do marido, para ajudar Cristina a retomar a vida de antes do acidente.

Cristina volta, aos poucos, ao seu trabalho como advogada e percebe a importância que isso tem em seu dia a dia. Além disso, ela também estabelece metas diárias de superação como, por exemplo, conseguir subir uma escada.

A advogada atribui ao apoio da família e amigos e ao poder da oração, das muitas pessoas que voltaram as preces à sua recuperação, o fato de estar viva e em constante melhora.

Outra história que aconteceu no último ano e comoveu os montealtenses foi a de Julio Tirolla, vítima de uma facada quando prestava trabalho voluntário de entrega de marmitas junto aos Irmãos Samaritanos, há cerca de sete meses.

Julio Tirolla continua sob cuidados médicos e com apoio da cadeira de rodas

Ele conta que, naquele dia, como de costume, chegou 20 minutos mais cedo para organizar a fila dos cerca de 50 pessoas em situação de vulnerabilidade social que receberiam a comida. Começou distribuindo os pães enquanto aguardava o carro com as marmitas chegar.

Julio lembra que chegou a oferecer pão para a autora da facada, mas ela ficou calada e, na outra tentativa de Julio, recusou. Quando o grupo dos voluntários iniciou a tradicional oração antes da entrega das comidas, Julio ergueu os braços em sinal de oração e sentiu a primeira queimação na lateral do corpo.

Quando olhou, viu a faca saindo de dentro dele. Nesse momento, saiu correndo em direção à diretoria dos Irmãos Samaritanos. Sua primeira reação foi tirar a camiseta e estancar o sangramento e, depois, ele mesmo ligou para a Guarda Municipal e para o SAMU.

A autora da facada foi contida pelos voluntários no local até o momento em que os guardas chegaram e a levaram até a viatura. Antes de ser levado pelo SAMU, Julio conta que foi até a mulher e disse: “Eu te perdoo”.

Julio chegou consciente ao hospital, mas depois precisou ser sedado e não lembra mais de nada. Ele ficou 59 dias na UTI, precisando retornar outras duas vezes devido a complicações no rim e na oxigenação.

Nos momentos difíceis em que esteve internado, contou com o apoio da esposa, irmãos e filha.

Atualmente, Julio é acompanhado pela Equipe Multidisciplinar de Atenção Domiciliar (EMAD), da Prefeitura, e já começou a dar seus primeiros passos. “Na UTI, como não tinha nenhum movimento, eu não tinha muita esperança de voltar a andar. Com o acompanhamento, os músculos começaram a despertar. Espero em breve estar sem andador”, conta Julio.

Quando perguntado sobre o sentimento em relação à mulher que o vitimou, Julio diz que não sente nenhuma mágoa. “Não sinto rancor, nenhuma mágoa. Se eu vir ela na rua hoje, não vou ter rancor algum, estou vivo, foi uma provação, uma lição de vida.”

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