As épocas mais frias do ano, o outono e inverno, propiciam o aumento significativo de doenças respiratórias em todo o país. Uma delas é do time das maiores responsáveis pelo aparecimento de infecções respiratórias em recém-nascidos e bebês: o vírus sincicial respiratório.
Nos públicos maiores – adolescentes e adultos por exemplo –, a doença pode manifestar-se como um simples resfriado.
O VSR é a causa mais comum da bronquiolite, uma inflamação das pequenas vias aéreas do pulmão, obstruindo a passagem do ar e dificultando os processos respiratórios dos bebês, e da pneumonia, em crianças menores de cinco anos de idade.
Sua transmissão ocorre através do contato direto com gotículas respiratórias, eliminadas pela pessoa infectada, ao espirrar ou tossir; há, também, a transmissão de forma indireta, pelo contato com superfícies e objetos contaminados, nos quais o vírus tem a capacidade de sobreviver por até seis horas.
A disseminação do vírus é impulsionada por fatores como falta de ventilação no ambiente, espaços aglomerados, falta de higienização nas mãos, contato com superfícies contaminadas e o não uso de máscaras por indivíduos diagnosticados com a doença.
SINTOMAS – Em grande parte do público alvo da doença, o VSR apresenta sintomas semelhantes aos de um resfriado comum, como tosse, coriza, dor de garganta, dores no corpo, congestão e febre com temperaturas superiores a 39° C. Geralmente, eles surgem entre dois e oito dias após a contaminação e duram entre cinco e sete dias; a tosse, no entanto, tende a persistir um pouco mais.
Em se tratando de quadros mais graves da bronquiolite, os sintomas tendem a se manifestar em forma de chiados e dificuldade de respiração, febre alta, além de lábios e dedos azulados.
TRATAMENTO – Não há um tratamento específico contra a doença, apenas medidas para amenizar os sintomas e oferecer suporte ao paciente. Caso a criança ou qualquer indivíduo, apresente um quadro mais grave, a hospitalização pode ser necessária. As crianças, na maior parte dos casos, tendem a se recuperar em cerca de uma semana.
O diagnóstico do VSR é feito com base em avaliação clínica do médico, na qual são analisados os sintomas apresentados pelo paciente e seu histórico.
FORMAS DE PREVENÇÃO – A vacinação contra o vírus é uma medida fundamental para evitar eventuais problemas e complicações respiratórias, tanto para as gestantes, garantindo proteção contra o bebê ainda no útero da mãe, para as crianças logo após seu nascimento, e para aqueles com 65 anos ou mais.
Outras medidas que, embora pareçam simples – e são – devem ser consideradas: lavar frequentemente as mãos, evitar tocar o rosto, cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar, evitar contato com pessoas doentes, desinfetar superfícies, não sair de casa se estiver infectado, manter ambientes ventilados e evitar ambientes aglomerados.
INFLUENZA? – Os sintomas podem até soar semelhantes, mas isso não significa que sejam os mesmos. Enquanto o VSR atinge, na maioria dos casos, bebês e recém-nascidos e idosos com 65 anos ou mais, o vírus da influenza foca em públicos mais velhos. Neles, a presença de sintomas como febre, tosse e coriza, por exemplo, são mais patentes e constantes.
UM ALERTA PARA OS IDOSOS – Embora comumente visto em crianças pequenas, o vírus sincicial respiratório também pode ser encontrado em pessoas mais velhas, com idade superior a 65 anos e indivíduos com algum tipo de comorbidade.
Entre as consequências do acometimento dos idosos pelo vírus, está a pneumonia, além do agravamento de doenças já existentes, como a piora de sintomas de asma, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) e insuficiência cardíaca.
Para as pessoas com comorbidades, a presença do vírus no organismo pode agravar doenças com as quais o indivíduo já conviva, como a diabetes, DPOC, DAC (doença arterial coronariana), asma, insuficiência cardíaca e pulmonar.