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José Orestes Morgado: Pioneiro no sindicalismo

 

 

 

José Orestes Morgado, nasceu no dia 24 de novembro de 1942 em Monte Alto, filho de Binzinho Morgado e Emília Rodrigues Morgado. Tem quatro irmãos: Sérgio, Inácio, Marisa e Venâncio (in memorian). Casou-se com Valquíria Chaves em maio de 1966, com que teve uma filha, Jaqueline Maria e duas netas, Natália e Monise. Estudou na escola Dr. Raul da Rocha Medeiros e lembra-se das professoras Célia Filardi, Aparecida Lauer, Dino Bruzadin.
Seu primeiro emprego foi na Calil Reunidos, antiga CRAI; depois, no de 1957 entrou na fábrica de artefatos de borracha, ainda com 15 anos de idade. “Naquela época, só existia a fábrica I, com aproximadamente 50 funcionários”. 

 

O Surgimento do Sindicato – “Certo dia, eu fui procurado por um companheiro muito especial que trabalhava comigo, o Reinaldo Chioda, que me falou da importância da gente se organizar e fundarmos o Sindicato da Borracha. Ele perguntou se eu topava e eu disse que sim. Tivemos como referência e apoio, naquele momento especial o pessoal de Ribeirão Preto, que muito colaborou conosco”. 

 

Associação/Sindicato – “Para que nós pudéssemos montar o Sindicato, era necessário primeiro criar uma associação, a lei exigia isso. Foi então que criamos o estatuto, e naquele tempo, a diretoria era composta por seis, no máximo nove integrantes. O primeiro presidente eleito da Associação foi o Reinaldo Chioda, eu era o secretário e o Douglas José de Lima, o tesoureiro. Em seguida, no dia 29 de abril de 1969, em plena ditadura militar foi instalado o primeiro Sindicato com sede e base em Monte Alto, o Sindicato da Borracha. O presidente era o mesmo Chioda, eu como secretário e o tesoureiro era Valdemar Profito”.

 

Tempo Difíceis – “Primeiramente, o sindicato era visto como algo negativo pelos industriais e pelos próprios industriários, pois os sindicalistas não eram vistos com bons olhos pela massa trabalhadora, que naquela época, tinha que contribuir do próprio bolso, já que as empresas não ofereciam nenhum recurso para a base sindicalista. Com o decorrer do tempo, mesmo após as reivindicações por parte do Sindicato, fomos nos firmando e a empresa passou a respeitar e até contribuir com nossa entidade. Para se ter uma ideia, o Sindicato só realizou uma greve em toda sua existência. Em pleno regime militar, como foi na época da nossa movimentação, era muito difícil formarmos lideranças. Porém nunca desistimos”.  

 

A Presidência – “Em 1976, o senhor Reinaldo Chioda aposentou-se e mudou-se para Jaboticabal. Foi então que eu assumi a presidência pela primeira vez, ocupando assim, seu lugar. A secretaria ficou com um lugar vago e essa cadeira foi ocupada por Mauro Lione”.

 

A Federação – “Existia no Estado de São Paulo até o ano de 1967 apenas quatro sindicatos, número que inviabilizava a formação de uma Federação que abrangesse todo o Estado. Para que isso ocorresse, era necessária a criação de um quinto Sindicato, o que culminou com a fundação do nosso e foi então criada, no ano de 1970”.

 

A Sede – “O sindicato tinha crescido muito, e se fazia necessária a construção de uma sede própria para o Sindicato. Aí fomos procurar o Dr. Mazza, e reivindicamos um espaço para a construção. No fim dos anos 70, um terreno nos foi cedido através de um projeto enviado pelo Executivo à Câmara, que recebeu uma votação unanime de aprovação. Existia um prazo de 90 dias para o início da construção, e não tínhamos as mínimas condições de executar a obra. Nessa época, houve a troca de prefeitos, saiu o Dr. Mazza e entrou o Elias Bahdur. Nós, da diretoria, formamos uma comissão e fomos conversar com o novo prefeito, explicando-lhe a necessidade da extensão do prazo e ele então nos deu mais seis meses para que pudéssemos dar inicio à construção da sede do Sindicato. Isso ocorreu no começo dos anos 80”.

 

A Campanha de arrecadação – “Iniciamos uma campanha maciça para arrecadar recursos para a construção da nossa sede. Foi feito até um livro de ouro pela Federação Estadual para angariar fundos com a finalidade de nos ajudar. Foram realizados eventos de todas as maneiras para alcançarmos nosso objetivo. Companheiros de São Paulo, Ribeirão Preto, Campinas, Araraquara, todos engajados em um só objetivo: A realização de nosso projeto”. 

 

A primeira e única greve – “O sindicato, desde sua criação até hoje, só promoveu uma única greve. Ela ocorreu na época em que a indústria foi transferida da Família Cestari para a atual multinacional Hutchinson. Um dos motivos foi que cortaram muitas conquistas antes obtidas pelos trabalhadores e então começamos a reivindicar nossos direitos. Mostramos para os novos donos que tínhamos tido perdas, inclusive, na parte social o que foi com o tempo reparado pela atual gestão da empresa”. 

 

Mensagem – “Um dos pontos principais para os jovens caminhar na vida, é ficarem longe das drogas. Profissionalmente, é preciso decidir o que pretendem escolher e fazer com muito amor, determinação e coragem; carregar sempre consigo o diálogo, pois ele é o melhor caminho e tem poder para muitas decisões importantes em nossa vida”. 

 

 

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