Estamos drogando nossos filhos

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O maior desafio de um professor hoje em dia, na escola, não é ensinar o aluno que não quer aprender, mas sim ensinar o aluno que não consegue ficar longe do celular. A maior dificuldade tem sido guerrear com um aparelho que causa os mesmos sintomas da droga. Estamos permitindo o seu uso dentro do ambiente escolar mesmo sabendo dos riscos e do vício que ele tem causado. Psicólogos afirmam que o celular é a heroína do século 21. Não há muita diferença do viciado em droga e do viciado em celular.

Com o avanço da tecnologia, é comum pensarmos que todo cidadão deste século deve possuir um aparelho tecnológico em mãos, pois alegam que este é o futuro e que é apenas uma inclusão digital deste indivíduo na sociedade. Todavia, não entendem que os fabricantes destes aparelhos os produzem para que o cérebro humano fique escravo da sua infinidade de informações criadas para viciá-los. E nós, a família, não estamos enxergando que, a cada ano que passa, investimos numa droga mais pesada e mais moderna para os nossos filhos, à medida que as atualizações e melhorias são feitas. Não estamos fazendo-os felizes ao presenteá-los; estamos drogando-os.

O erro começa em nós mesmos que trocamos os momentos em família para ficarmos presos a esta – literalmente – droga. A nomofobia está presente em todos os lares que possuem algum contato com a tecnologia. Estamos nos perdendo e perdendo os nossos filhos para uma realidade que não queremos enxergar. É como dizer “é só mais uma pitada”; “é só mais uma pedrinha”, “é só mais uma carreira”, e assim vamos nos afundando e afundando os nossos filhos para as telas.

Recentemente, um filho matou o pai, a mãe a irmã porque o privaram do celular e do computador. Eu já vi história semelhante: um amigo da minha infância matou a própria mãe devido ao vício das drogas. Eu poderia narrar nestas linhas que seguem vários casos semelhantes a esses, mas vou deixar as reticências para que possamos refletir que tipo de ser humano estamos criando neste mundo tecnológico. Entendam que o perigo é real e esta dentro da nossa própria casa, na palma da nossa mão e não estamos sabendo lidar com ele. Os riscos existem e os sintomas já aparecerem há tempos. Basta apenas aceitarmos que há um problema de saúde pública. Sim, problema de saúde pública. Todavia, você lerá esse texto e voltará para a sua droguinha mesmo com toda a informação e alerta citados por este nobre professor.

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