Perdeu-se o sentido de ser humano. Perdeu-se a humanidade. Os absurdos cometidos contra a nossa própria raça escancaram a maldade que um indivíduo pode cometer. A loucura atingiu o seu ápice. Obviamente que o mal sempre habitou entre os homens, entretanto, outrora, não se tinha acesso a essas informações. Hoje tudo vem à tona. Tudo é notícia. O mundo sabe sobre ele mesmo a partir da disseminação do que acontece ao seu redor. A perplexidade vem esbofeteando a cada informação que nos chega, e a confiança em nós mesmo, na nossa raça, quebra-se a cada impacto causado pela maldade do homem.
Em Genesis (6:45) , diz que “a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente”; entende-se que a maldade do homem está dentro de si, do seu coração e enraizada na própria alma. Creio que ninguém nasce bom; somente um deus pode ser bom. A sociedade corrompe o homem e o torna mal. É inevitável? Toda sociedade criada em princípios e sob determinada crença tende a se afastar de toda essa maldade. Entretanto, a que se destina a educar e coloca esse requisito como primordial – afastar-se da maldade – constrói o paraíso. Quando falo de educação, refiro-me à familiar e escolar. Acrescento: quando há o amálgama dessas duas estruturas, torna-se indestrutível. Blindada por Deus ou por qualquer outra crença que o homem cultiva na busca de uma paz física e espiritual.
A infância de Jesus era “crescer em sabedoria à medida que crescia em estatura.” A escola proporciona o que o mundo oferece; a família, o que o homem que habita neste mundo proporciona: o bem ou o mal. Ambas – família e escola – devem caminhar juntas para se construir certa porcentagem da sapiência que Cristo possuía. Não precisa de muita. Basta apenas “amar uns aos outros como que eu vos amei.” Utopia? Não! Esperança. Semear um mundo melhor do que vivemos deveria ser o grande propósito do homem. Mas estamos em guerra entre as nações, com o ego e contra a nossa própria sobrevivência. Estamos alimentando o mesmo mal de séculos passados. O homem quer descobrir a vida em outros planetas, mas não se importa com a vida que aqui habita.
Onde está a humanidade? Escondida debaixo dos seus próprios escombros? Perdida em seus filtros em redes sociais? Enquanto avançam tecnologicamente, destroem-se emocionalmente. Fomos criados pelo livre-arbítrio, mas nos perdemos ao confundi-lo com a maldade e com o coração petrificado. Pobre homem! Homem pobre dentro da sua própria humanidade.
