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Ervas… nunca é demais falar delas!!!

 

Sabemos que as ervas são usadas conscientemente há mais de cinco mil anos como fonte de alimentação, cura e magia. O papiro de Ebers data de 2000 a.C. e descreve mais de setecentos tipos de ervas. Hipócrates e, mais tarde, Aristóteles e Teofratus documentam o poder curativo das ervas muitos anos antes de cristo. Povos antigos como assírios, caldeus, chineses e egípcios tinham escolas de herbalismo e graças aos fósseis encontrados recentemente e aos estudos acurados de hoje, podemos ter quase certeza de que as ervas já participavam da vida do ser humano havia muito mais tempo, quando eles ainda nem eram chamados de homens e sim de hominídeos. O livro de culinária de Apicius, o famoso gourmet da Roma Imperial, traz uma infinidade de pratos perfumados com ervas. No Vaticano, o primeiro jardim criado especialmente para estudar as plantas culinárias e medicinais data de 1277. Logo se espalhou o uso de um pequeno jardim perto das igrejas, com ervas e flores para serem usadas no culto diário, para ajudar os devotos. E nas terras só descobertas depois de 1500, então, nem se fala. Todos os selvagens das Américas e da Austrália tinham conhecimentos enormes do uso das ervas na medicina e na alimentação, mas o orgulho europeu não só desdenhou como destruiu grande parte dessa sabedoria. Tudo isso felizmente está mudando, e hoje vemos com alegria que povos de todas as culturas estão tentando recuperar e ampliar esses conhecimentos. As ervas são plantas com características maravilhosas, perfumadas, lindas e com cores e aromas deslumbrantes, são o mais belo presente que Deus nos deu através da natureza. Com elas limpamos e perfumamos a casa, da cozinha até a sala, passando por quartos e banheiros. Com elas podemos cuidar da aparência e podemos também ter paz interior, porque os aromas delicados acalmam o corpo e a alma e, se quisermos acreditar em magia, são perfeitas para evitar  todo tipo de mal. Cada erva é única, com sua beleza, seus aromas e seus poderes curativos, mais do que isso, cada uma é dona de uma lenda e de um mistério que só aumentam à medida que estudamos a sua história. As ervas culinárias estão tendo neste momento uma aceitação fantástica, e muita gente está tentando ter seu próprio herbário, que pode ser feito até mesmo dentro da cozinha, na soleira da janela. Usar as ervas na cozinha pode parecer difícil ou complicado, mas é só começar a experimentar que os resultados vão aparecendo naturalmente, de acordo com o gosto de cada um. Alguns exemplos para despertar as ideias:
Para saladas, além da salsa e da cebolinha, podemos usar sem medo o manjericão, a sálvia, o tomilho, o estragão e a manjerona.
Para peixes, as ervas de que mais gosto são o manjericão, o dill, as folhas de erva doce e a mostarda.
Para as carnes vermelhas e brancas uso sálvia, manjericão, salsa, tomilho, quase sempre na manteiga temperada ou em qualquer outro molho, que dão um sabor suave e delicado ao conjunto. Assim as pessoas que não gostam ou ainda não tiveram coragem para experimentar essas delícias podem comer à vontade, será uma grande experiência.

 

 

 

 

 

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