Durante o mês de abril, dois importantes temas relacionados à saúde ganham espaço. As campanhas ‘Abril Verde’ e ‘Abril Azul’ dão visibilidade, respectivamente, à conscientização sobre a prevenção aos acidentes de trabalho e ao Transtorno do Espectro Autista (TEA).
ABRIL VERDE – O Ministério Público do Trabalho escolheu para a campanha deste ano o slogan: “Adoecimento também é acidente de trabalho. Conhecer para prevenir”. Com isso, a iniciativa busca esclarecer sobre a importância da cultura de prevenção de doenças relacionadas ao trabalho e da notificação de casos para a criação de políticas públicas com foco na saúde do trabalhador.
De 2012 a 2022, foram comunicados 6,7 milhões de acidentes de trabalho e 25,5 mil mortes no emprego com carteira assinada. As informações se baseiam em comunicações de acidentes do trabalho ao INSS.
No mesmo período, ocorreram 2,3 milhões de afastamentos pelo INSS em razão de doenças e acidentes relacionados ao trabalho, e o gasto com benefícios previdenciários acidentários já chega a R$ 136 bilhões. O valor inclui ocorrências como auxílios-doença, aposentadorias por invalidez, pensões por morte e auxílios-acidente relacionados ao trabalho.
O movimento Abril Verde completa 10 anos em 2024. A Organização Internacional do Trabalho instituiu, em 2003, o dia 28 de abril como o Dia Mundial de Segurança e Saúde do Trabalho. No Brasil, a data foi instituída pela Lei nº 11.121, de 2005, como o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.
ABRIL AZUL – Com o objetivo de difundir informações sobre o Transtorno Espectro Autista (TEA), a Organização das Nações Unidas criou em 2007 o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado no dia 2 de abril.
O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que pode ser identificado ainda nos primeiros anos de vida, embora o diagnóstico de um profissional seja dado apenas entre os 4 e 5 anos de idade.
Entre as características que podem identificar a presença do TEA estão a dificuldade de interação social, dificuldade em se comunicar, hipersensibilidade sensorial, desenvolvimento motor atrasado e comportamentos repetitivos ou metódicos.
Atualmente, o termo TEA é utilizado justamente pelo fato de que o autismo se manifesta de forma diferente em cada pessoa, colocando-as em pontos diferentes do espectro. Existem diversos graus de comprometimento que podem afetar uma pessoa no TEA, desde outras condições associadas ou deficiências intelectuais, até pessoas com total independência que muitas vezes passarão a vida sem diagnóstico.
O tratamento para autismo é personalizado e interdisciplinar, envolvendo a atuação de fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, entre outros profissionais, conforme a necessidade de cada um.