Ócios & Negócios

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Copa

Evento em que o brasileiro confunde ufanismo com patriotismo.

 

Frase

“Que campeonato mixuruca, nem segundo turno tem”. (Mané Garrincha, na final da Copa do Mundo em 1958, na Suécia).

 

Trinque

Ao lado da “Nossa Livraria”, antigamente, existia a alfaiataria Barroso, que tinha como profissional o Sr. Domingos. O estabelecimento ficava um pouco acima do nível da calçada. Havia duas janelas onde ficavam expostas as roupas em fase de confecção (feitio, como se falava). Eram ternos com esmerado corte. Os alunos da “Escola de Comércio” saiam as 10 horas e muitos passavam em frente da alfaiataria; certa noite nós (eu, o Carlão e o Nivaldo) passávamos na frente dos manequins na janela e o Carlão, distraído, cumprimentou com um “Boa Noite”, aquele que ficava mais perto da janela. Não houve resposta, é claro! Gozação e vaias não faltaram!

 

Treze

Em 1987 treze clubes de futebol do Brasil romperam com a CBD (Atual, CBF), por discordarem com a entidade sobre a organização do Campeonato Nacional (Campeonato brasileiro). Eram os mais destacados do país e resolveram realizar um campeonato paralelo sem a CBD. Os treze conseguiram fechar com a Rede Globo a exclusividade das transmissões de TV, que por sua vez contratou grandes empresas patrocinadoras, entre as quais a Coca-Cola. Tudo estava em ordem, quando por força do patrocínio, a fábrica do refrigerante exigia que sua marca fizesse parte da camisa dos treze times. O Grêmio de Porto Alegre não aceitou, porque o refrigerante tinha a cor vermelha (ainda tem), como parte da logomarca, cor que o clube jamais usaria, até por força estatuária, porque o rival Internacional tinha o vermelho como cor oficial. O presidente do Brasil da empresa de refrigerante precisou pedir autorização para a matriz em Atlanta (EUA). A empresa recusou a mudança de cor, porque até a China aceitou a logomarca oficial da bebida, mesmo com o vermelho sendo oficial do PC chinês. Na quinta reunião mundial, a fábrica aceitou que o Grêmio usasse a marca em preto na camisa azul. As fotos do clube daquela época mostram o fato.

 

Berlim

Depois da alemã VW se instalar no Brasil, outra marca daquele país veio para cá, foi a DKV-Vemag. Ficou pouco tempo no mercado, comprada que foi pelos concorrentes e transformada em sucata.  Uma característica dos modelos da DKV era as chamadas portas-suicidas, ou seja, abriam de trás para frente, que diante de qualquer colisão se abriam atirando o passageiro (ou o motorista para fora). Quem estava a fim de suicidar-se usava o sistema. Na década de 30, um modelo norte-americano de uma marca do país, também tinha as portas no estilo DKV, muito usado pelos “gangsteres”, porque era fácil “despachar” o cadáver do bandido atingido pela polícia.

 

 

 

Torneira

A falta de água em Monte Alto foi histórica e calamitosa. Muitos sentiam na pele (não tomavam banho) o drama. Entrava governo, saía governo e nada de solução. A lei da gravidade explica porque quanto mais perto do reservatório mais água faltava, porém, nem todos entendiam. Muitas reclamações surgiam na prefeitura e até nas residências das autoridades responsáveis pelo setor. Uma vez no palanque, um candidato a vereador (sempre eles!), discursava que a falta de água era consequência da distribuição, porque a cidade estava cheia de minas subterrâneas. Bastava um sistema distributivo eficiente. Finalizou, cheio de si: “eu vou dar os canos para vocês”. (Na gíria, dar cano é sumir, falhar e descumprir).

 

Cult

Milhares de livros, de discursos, de palestras, de aulas e de cultos religiosos, surgiram desde o começo do mundo (da humanidade), sobre a vida e o sentido dela. Nada teve ou tem o efeito, de duas palavras latinas sintetizadas: Carpe Diem. A vida, se resumida, no mínimo de palavras possíveis, é isso: aproveite o dia!

 

Verbo

Em muitos ofícios religiosos, o celebrante pede aos presentes para se ajoelharem. Ainda bem que ninguém leva o pedido ao pé da letra, se o fizesse sairia do local sem joelhos. (Ajoelhar é perder os joelhos). Ficar na posição com os joelhos ocupando o lugar dos pés, é ficar de joelhos. Duas são as opções: ficar de pé ou ficar de joelhos.

 

Zen

Hue-neng foi um patriarca budista do século XVIII, ficou famoso na filosofia koan, por perguntar aos seus seguidores: “qual era sua fisionomia antes de nascer”. (A resposta, levava a uma conclusão: se não havia rosto original, não existe outro, que não seja cópia, logo não temos nada).

 

 

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