Casos de dengue aumentaram mais de 200% neste início de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado

Motivo estaria relacionado ao calor excessivo e chuvas intensas; campanha de vacinação, que deverá começar neste mês, contemplará inicialmente crianças de 10 a 14 anos de cerca de 500 municípios

Uma explosão de casos de dengue irrompeu no país no início deste ano. Números do Ministério da Saúde registraram, até 30 de janeiro, 217.481 casos da doença.

Segundo a pasta, este aumento estaria relacionado a fatores como a combinação entre chuvas intensas e calor excessivo – possíveis efeitos do El Niño –, bem como ao recente reaparecimento dos sorotipos 3 e 4 do vírus da dengue no território nacional. Nos primeiros trinta dias de 2023, o Ministério havia computado 65.366 casos da doença.

A dengue integra um grupo denominado arboviroses; seu vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypt e dispõe de quatro tipos de sorotipos: DENV-1, DNV-2, DENV-3 e DENV-4, sendo que, todos eles podem causar diferentes sintomas.

Um indivíduo pode contrair a doença, ao menos, quatro vezes ao longo de toda sua vida, pelo fato de que ele pode ser infectada com os quatro sorotipos do vírus. Embora todas as faixas etárias sejam suscetíveis à dengue, pessoas com a idade mais avançada e portadores de doenças crônicas – diabetes, hipertensão arterial – têm mais chances de seu quadro evoluir para casos mais graves e complicações que podem levar o paciente à morte. Ao ser exposto uma vez a determinado sorotipo, em caso de remissão da doença, o indivíduo desenvolve imunidade.

Entre os principais sintomas da doença, destacam-se os clássicos: dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares e nas articulações, náuseas e vômitos e manchas vermelhas pelo corpo, acompanhados pela febre alta repentina (39 e 40 graus). Contudo, a presença deles não é uma regra. Algumas pessoas contraem a dengue assintomática ou até mesmo um quadro leve, sem a presença de sintomas.

O Ministério da Saúde recomenda vivamente que, caso o indivíduo sinta alguns desses sintomas descritos, procure imediatamente uma unidade ou serviço da saúde para um tratamento adequado da doença.

Além de sua forma ‘leve’, a dengue também entra em ação com sua face mais grave. Passado o período febril, é preciso ficar atento ao aparecimento dos seguintes sintomas: vômitos persistentes, dor abdominal contínua e intensa, sangramento na mucosa, acúmulo de líquidos em cavidades corporais e hemorragias. Eles podem ser vistos entre 3 e 7 dias após os sintomas iniciais do vírus no corpo humano.

Predominantemente clínica, a doença pode ser tratada facilmente. Como não há um medicamente específico para combater a dengue, os médicos orientam o paciente a ficar em repouso relativo – enquanto persistir a febre –, estímulo a ingestão de líquidos, uso de paracetamol ou dipirona – apenas em casos de febre e dor –, a não utilização de ácido acetilsalicílico, e retorno imediato caso a doença evolua para quadros mais graves.

Em breve, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibilizará gratuitamente a vacina Qdenga, contra a dengue. O fármaco, produzido pelo laboratório japonês Takeda Pharma, deverá ser oferecido a partir deste mês, seguindo alguns critérios estabelecidos pelo próprio Ministério da Saúde. Devido ao baixo número de doses – num primeiro momento, apenas crianças de 10 a 14 anos serão vacinadas, faixa etária que corresponde ao maior número de hospitalizações, atrás apenas dos idosos – a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não liberou o fármaco para este grupo.

37 regiões de saúde que contassem com, pelo menos, um município de grande porte – mais de 100 mil habitantes –, tivessem alta transmissão de dengue computada em 2023 e 2024 e registrassem maior proeminência do sorotipo 2 (DENV-2) da doença, foram selecionadas. Monte Alto não está nesta lista.

No total, 521 municípios de 16 estados, mais o Distrito Federal, preencheram os requisitos para receberam as vacinas neste ano. O esquema vacinal é composto por duas doses, com um intervalo de três meses entre uma aplicação e outra.

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