Eu tenho uma relação muito profunda com os sonhos. Eu poderia escrever um livro somente baseado no meu estado onírico. Não tenho muitos pesadelos, embora já tivesse alguns que, ao acordar, sentia as lágrimas percorrendo o meu rosto. Em todo sonho divino, eu tento tirar uma lição, um aprendizado. Tento procurar pelo seu significado. Às vezes, sinto que me descrevem; outras vezes, não. Sou um homem de fé, embora não assíduo e nem praticamente da minha religião. Entretanto, eu creio.
Certo dia, sonhei com Deus. Eu senti a sua presença. Eu sonhei que assistia a uma pessoa orando por mim. Conforme eu andava, a cena se repetia. Pessoas orando por outras pessoas. A cena foi se tornando mais rápida e quanto mais rápida passava, eu sentia uma energia muito forte. Uma voz me dizia “Você está indo ao encontro de Deus.” Eu fiquei em êxtase. Eu via a unção de todas aquelas pessoas e sentia o poder que a oração tem. Eu fiquei muito próximo de Deus, mas não o vendo como uma figura, porque Deus é tudo aquilo que consegue vibrar positivamente em benefício do outro. E senti a sua energia, porque havia harmonia, comprometimento, fé, parceria, etc.
Este sonho me mostrou o quanto é forte a união e a luta pelas mesmas causas. Quando se tem uma sociedade unificada, não há problemas que aguentem o trabalho uníssono que ela, a sociedade, exerce. Isso vale para a educação. Se família e escola fossem unidas, teríamos uma educação consolidada neste país. Não tem nada a ver com religião, mas sim com união. Quando digo que senti a presença de Deus, na verdade eu sentia a presença da esperança: sonho que um dia sonharei com a solução de todos os problemas educacionais que este país enfrenta. Todavia, por enquanto, sonho e reflito sobre os caminhos que devemos percorrer para que ele se torne realidade.
Eu pude sentir a presença de Deus através da união entre os povos que se curam da própria maldade que construíram. Isso significa que ninguém vai a lugar algum se digladiando. Se quisermos uma educação de qualidade, será preciso parceria, diálogo e, independentemente de religião, precisaremos de Deus. Não há outro caminho se não o do amálgama para lutar pelos mesmos propósitos. O time dos que jogam contra sempre irá existir. Cabe a nós desistirmos da luta ou seguirmos unidos até o fim. Se sonhos podem se tornar realidade, este é um dos que eu queria o tornar real. Não apenas para sentir a presença de Deus, mas sim para sentir o poder que emana do povo e a fé arrebatadora que ele tem para lidar com os seus problemas cotidianos. Se Deus é a união do povo, que façamo-lo presente todos os dias na busca de uma educação de qualidade.
