ERRO GRAMATICAL
Entre os escritores e críticos literários, quando alguém comete erros de gramática ou de informações, recorre à tradicional desculpa de que até o velho Homero às vezes cochila, isto é, Homero, o maior escritor ocidental, também está sujeito a errar. Homero escreveu a Ilíada e a Odisseia, a primeira sobre a guerra de Troia (Ilio, em grego) e a segunda sobre as aventuras de herói grego Ulisses (Odisseus, em grego). Muitos críticos literários acusam Homero de tendencioso porque era grego, o fato é que Troia foi derrotada em uma guerra que durou 10 anos, culpa do sequestro de Helena, esposa do rei Menelau de Esparta, pelo príncipe troiano Paris. A jovem passou à história como Helena de Troia, na verdade, foi Helena da Grécia, nome à parte, Helena foi consagrada como a mulher mais bonita da antiguidade.
COCHILO FILOSÓFICO
O consagrado filósofo francês (1596-1650) do famoso pensamento: “Penso, logo existo”, o gênio René Descartes, registrou nas suas obras universais que os macacos falam, porém, se calam para que os seres humanos não os escravizem se descobrirem a capacidade da fala deles. Foi isso que Descartes afirmou, afirmava e registrou como verdade em que acreditava de fato.
BEIJA- MÃO
Os críticos políticos brasileiros acusavam as autoridades brasileiras no poder de obediência cega às autoridades norte-americanas, principalmente militares e congressistas. Quando o general do exército, Dwight Eisenhover visitou o congresso nacional, o famoso colunista, Ibrahim Sued, atuante no jornal escrito e na TV, ao tirar uma foto do ministro Otávio Mangabeira, o fez de um ângulo que ficou parecendo que o ministro beijava a mão do militar, futuro presidente norte-americano.
Até hoje ficaram dúvidas sobre a verdade da foto ou não. O conceito, porém, ganhou a verdade real – e para o povo, o brasileiro pede benção aos EUA.
FAIXA DE GAZA
Um tecido leve e transparente apareceu fabricado na Palestina, na cidade Gaza. Os mercadores fenícios levaram a novidade para a Europa e os franceses o batizaram de GAZE. A origem da palavra é árabe, Gazz (Seda Crua).
ROEDOR
Em 1904 o ministro da saúde, Osvaldo Cruz, foi autor da lei da vacina obrigatória no Rio e em todo Brasil, posteriormente. Para maior êxito no combate à varíola, foi decretada a extinção dos ratos. Para a população ajudar o governo exterminar os roedores foi dado um prêmio para cada rato morto. O povo aderiu e nos postos de coleta os roedores mortos foram incinerados.
Os fiscais perceberam que uma família entregava mais animais mortos do que a média dos demais. Resolveram fiscalizar as pessoas da família e descobriram que eles estavam criando os roedores em cativeiro para obter lucros de matá-los.
MARMITA
Em 1930 os EUA sofreram a maior crise econômica da história, como consequência dia do “crack” (quebra) da bolsa. O desemprego foi enorme, quase 90% da população ficou desempregada com a falência das empresas.
Em Chicago um restaurante distribuía cinco mil marmitas gratuitamente, por dia, as filas para receber os alimentos dobravam vários quarteirões. O dono do restaurante era Al Capone, o maior bandido da história do país.
FAC SIMILE
Original do latim “facere” (Fazer) com “similis” (Semelhante) formando o duplo: fac-simile, o nome de um aparelho que faz o semelhante, ou seja, emite uma cópia, foi criado em 1948. Era transmitido por telefone, substituindo o sistema sonoro (Voz).
Os brasileiros gostavam de zoar os portugueses, que transmitiam o fax e em seguida ligavam o sistema de voz para confirmar se a pessoa havia lido o fax, ou seja a confirmação tornava desnecessária a cópia escrita.
Atualmente português e brasileiro também fazem o mesmo com a mensagem do celular (telefone móvel em Portugal) – ligam por voz para confirmar a mensagem escrita antes digitalmente.
ESTIAGEM
Em 1966 a região de Monte Alto passou por uma estiagem histórica. As safras de arroz e feijão foram as mais atingidas, como o arroz é básico na alimentação humana, não havia substituto. A solução aconteceu com o consumo de macarrão, que era comprado em sacas de seis quilos nos armazéns de secos e molhados, que vendiam a prazo para os lavradores. As refeições da manhã, ao meio-dia e a tarde eram de macarrão.
Eu tinha 11 anos e lembro que um tio convidou minha família para o aniversário de uma filha. Ele lembrou que ninguém devia faltar porque a “festa” teria uma “barrigada” de arroz branco puro.
BACALHOADA
Atualmente bacalhau é prato de luxo. Caríssimo. Apenas os gourmets podem apreciá-lo. Lá pela década de 1960 era um prato comum, acessível à população de menor renda, ou seja comida de pobre. Havia até a dito popular: para quem é, bacalhau basta; isto é, quando um qualquer era o convidado bastava bacalhau para servir.
Outro alimento que passou do básico para especial foi a carne-seca, o jabá ou o charque. Era até comum servir-se ao cachorro. Atualmente, peça no restaurante um escondidinho – leve dólar!