Roteiro obrigatório para os amantes do cicloturismo e também às pessoas de fé, a Rota das Capelas vem atraindo inúmeros adeptos do pedal para seu percurso.
Criada pelo ciclista montealtense, Reginaldo Vanderlei Bergamin, o “Pit”, a rota surgiu da vontade de trazer o Caminho da Fé para Monte Alto, saindo, portanto, do Santuário da Conceição Montesina, no Distrito de Aparecida, rumo a Aparecida.
A ideia, no entanto, acabou seguindo para um outro caminho. A fim de ressaltar as belas paisagens naturais do município, bem como fazer uma espécie de “ligação” entre algumas capelas da cidade, ‘Pit’ deu início ao processo de mapeamento da rota.
Com 92 km de extensão e mais de 1.800 metros de elevação, a rota tem como principais características suas subidas íngremes e uma natureza de tirar o fôlego.
Abrangendo 13 capelas, o trajeto tem como ponto de partida a Basílica Menor do Senhor Bom Jesus. Em seguida, inicia-se o trecho que percorre a zona rural do município, passando pelas capelas de Nossa Senhora do Carmo, no bairro Anhumas; capela de Santa Luzia, na Água Limpa; depois, o Santuário de Nossa Senhora da Conceição Montesina, no Distrito de Aparecida; seguindo para a capela de Nossa Senhora do Bomsucesso, no bairro Bonsucesso; Santa Luzia, no Morrinho; Nossa Senhora das Graças, na Tabarana; Santa Beatriz, no bairro Cachoeira dos Martins; Santa Edwiges, em Homem de Mello; depois, capela de São Marcos, no mesmo bairro; Santo Antônio, no bairro Homônimo; Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, no povoado de Ibitirama; e finalizando na capela de Santo Agostinho, no Jardim Alvorada.
Depois de mapeada, os primeiros a percorrerem o longo trecho foram Andréa Sakoda Telles Bergamin, Francisco Luiz Alves Ferreira, ‘Chico Cabelo’, e Paulo Daneluzzi, além do próprio ‘Pit’. Ali, eles vislumbraram a possibilidade de mais pessoas vivenciarem esta experiência, passando e completando o percurso.
Para auxiliar aqueles que passam pelo trajeto, inicialmente foram pintadas setas amarelas em troncos de árvores e murões, a cada 20 metros, aproximadamente, de modo a sinalizar o caminho. Com o apoio de colaboradores, como a Casa do Agricultor, foram adquiridas placas indicativas. Hoje, todas as capelas possuem placas de identificação.
Anualmente, cerca de 2 mil pessoas, entre ciclistas, adeptos da Montain Bike – uma modalidade voltada à pratica em regiões montanhosas, trilhas de terra e de relevo irregular – pedestres, romeiros e cavaleiros percorrem a rota, provenientes de diversas cidades da região e do estado de São Paulo. Além disso, a Rota das Capelas também serve de preparação para aqueles que desejam realizar o Caminho da Fé.
O diretor de Turismo, Renan Petrasso, em entrevista ao O Imparcial, ressaltou a importância da Rota das Capelas para o município. “A Rota das Capelas se desenvolveu de forma surpreendente. O cicloturismo foi um esporte muito buscado na pandemia, para que as pessoas pudessem esquecer um pouco de todos os medos e traumas a que fomos submetidos”.
“Embora a população local possa achar que já falamos muito da Rota, ela é um produto turístico novo que ainda tem muito a ser explorado. O intuito está em divulgar o trecho fora de nossos muros e levá-lo o mais longe que conseguirmos, trazendo visitantes e turistas para nossa cidade, com o destino comercializado por agências e guias de cicloturismo”, acrescenta.
Além disso, Renan revela que vêm sendo preparadas algumas novidades para os amantes do pedal. “Mesmo com a fama e prestígio da Rota das Capelas, nós queremos mais. Estamos com novos projetos de um Guia Cicloturístico com outros percursos que já são vivenciados e explorados em nossa cidade, afinal, Monte Alto tem uma natureza exuberante e muitos quilômetros de estrada rural à disposição de todos os ciclistas”.