Referência nos estudos paleontológicos no estado de São Paulo, Monte Alto integrará uma expedição desenvolvida pelo Instituto de Geociências (USP) denominada “Trilha dos Dinossauros”, conforme matéria publicada em jornal da Universidade de São Paulo. No total, o projeto percorrerá 24 cidades durante a etapa de visitações no estado.
Com apoio do Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) da USP e da Estação Ciência, a expedição, criada pelo professor do IGc Luiz Eduardo Anelli, tem por objetivo popularizar e difundir o patrimônio científico e cultural pré-histórico do Brasil.
Para Anelli, o projeto é uma oportunidade de compreensão do mundo atual a partir do passado. “A era dos dinossauros foi um momento importante na história do mundo, no qual houve muitas transformações geológicas, como vulcanismos que alteravam as condições químicas da atmosfera. Todas essas transformações ficaram marcadas nas rochas, e a partir disso podemos entender como nasceu o mundo em que nós vivemos atualmente. Ele nasceu na época dos dinossauros”, explica.
Ao longo deste mês, a expedição passará pelas cidades de Itatiaia, Pedra do Baú e Bauzinho, Taubaté, São José dos Campos, Santo André, São Paulo, Itatiba e Itapira, promovendo diversas atividades, dentre as quais incluem coleta de fósseis, palestras, visitas guiadas a museus, treinamento para monitores e aulas.
O roteiro do projeto seguirá, ainda, por mais duas etapas, com uma delas sendo realizada em maio, e a outra ainda sem data para acontecer. Na segunda fase, as cidades de Campinas, Rio Claro, São Carlos, Botucatu, Araraquara e Monte Alto serão visitadas pela expedição.
As viagens, segundo Anelli, são para delinear quais áreas possuem museus, universidades e regiões geológicas com potencial para se tornarem pontos de interesse turístico.
De acordo com o projeto, já estão sendo planejadas iniciativas que irão abranger a região Sul do país. O professor Luiz Eduardo acredita que estas ações são essenciais para propagar o conhecimento pré-histórico. “Nós temos um tesouro no quintal da nossa casa inexplorado, que é o conhecimento científico e cultural do mundo dos dinossauros. Esse é o recado que nós queremos dar para a população no Estado de São Paulo e, em seguida, para a região Sul do Brasil: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, conclui.