Ladrões que fingiram ser policiais em Jaboticabal, SP, para roubar joalheria podem ser quadrilha especializada, diz delegado

Criminosos vestidos de policiais chegaram ao local com um papel em mãos, simulando um mandado para investigar o comércio de ouro roubado. Eles buscavam suposto cofre.

Por G1

A Polícia Civil acredita que uma quadrilha especializada tenha assaltado a joalheria no Centro de Jaboticabal (SP) no fim de semana. Os ladrões se disfarçaram de policiais e fingiram investigar o comércio de ouro roubado para entrar na loja.

O delegado Oswaldo José da Silva, responsável pelo caso, conta que policiais foram a campo para tentar obter elementos para identificar os suspeitos. O grupo tinha, pelo menos, quatro pessoas. Para Silva, a ação foi planejada.

“Sem dúvida, não é trabalho de amador não. Porque o pessoal já veio e você vê que a forma de agir foi na maior tranquilidade”, afirma o delegado.
Joalheria alvo de quadrilha que se disfarçou de polícia civil para realizar assalto no Centro de Jaboticabal, SP — Foto: Reprodução/EPTV

Os criminosos chegaram à loja com um papel em mãos simulando um mandado. Após entrarem na loja, eles anunciaram o assalto, renderam os funcionários e os amarraram. “Imobilizaram as vítimas no andar superior para deixar o local com tranquilidade”, diz Silva.

Além disso, o disfarce usado pelos ladrões para assaltar a loja também corrobora a tese de que eles façam parte de uma quadrilha especializada.

“Essas quadrilhas especializadas também estão acompanhando o trabalho policial. E muitas vezes, a polícia acaba levantando um modus operandi, que é uma maneira de agir deles e, pra variar ação e dificultar o trabalho policial, eles simulam serem policiais pra poder ingressar no interior do local que interessa pra eles”, explica.

O assalto ocorreu na manhã de sábado (25) e até esta segunda-feira (27) ninguém tinha sido preso ou identificado.

Prateleiras de joalheria ficaram vazias após assalto no Centro de Jaboticabal, SP — Foto: Reprodução/EPTV

Procuravam cofre

Segundo o boletim de ocorrência, os criminosos estavam à procura do cofre que eles acreditavam que a loja teria. Durante as buscas, eles chegarem a agredir o dono da joalheria.

“Eles ficavam muito em cima de mim, querendo saber se eu tinha cofre, me chutando a cabeça, empurrando a cabeça, e pedindo o cofre. Mas não tem”, diz a vítima, que não quer ser identificada.

Ele também acredita que a ação foi planejada e conta que um dos criminosos, que deixou uma funcionária entrar na loja, chegou a tratá-la pelo nome.

“A gente ficou até assustado, porque identificaram ela com o nome e falou: ‘a gente tava te esperando [nome], pode entrar’”, lembra.

O proprietário lembra que ouviu, enquanto estava amarrado no andar de cima, um dos criminosos reclamar que era “difícil trabalhar sem luva”.

Os ladrões levaram cerca de R$ 50 mil em pulseiras, anéis e colares, além de celulares de funcionários, que depois foram achados jogados na entrada de um pesqueiro na Rodovia Carlos Tonani, e o aparelho de monitoramento da loja.

Apesar do prejuízo, ele acha que os ladrões pensaram que a loja tinha mais itens de valor. Como a joalheria é artesanal, além de não ter cofre, eles trabalham com peças mais leves, sem pedras preciosas.

“Pra mim, eles acabaram comigo. Agora, pra me recuperar, vai ser muito difícil. Mas pra eles, pelo que eu vi o aparato que eles fizeram, eu acho que eles saíram decepcionados ainda”, diz o homem.
Joalheria no Centro de Jaboticabal fechada após ser alvo de ladrões disfarçados de policiais — Foto: Reprodução/EPTV

Momentos de terror

As vítimas também acreditam que um quinto integrante da quadrilha ainda tenha feito parte do roubo, atuando como vigia do lado de fora da loja. Nos momentos em que estiveram sob a mira dos assaltantes, viveram momentos de terror.

“Uma das coisas mais difíceis foi que uma das meninas tinha uma corrente no pescoço e ele arrancou a corrente, ele não tirou. Um dos anéis, que não saía, ela até comentou: ‘esse aqui não adianta, é folheado’. Ele disse assim: ‘Você tem a sorte que eu ainda sou uma pessoa legal, senão eu ia cortar seu dedo'”, conta o proprietário da loja.

O grupo tratou as vítimas com bastante violência e fez diversas ameaças. “Tentam afetar a gente. E a gente nunca sabe se eles estão falando a verdade ou mentindo”, diz o homem.

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