São Nicolau: conheça a história do santo que inspirou a criação da figura do Papai Noel

Popularizado em todo o planeta, a lenda do Bom Velhinho transcende os limites da religião

A época mais feliz e colorida do ano chegou, o Natal. Para os cristãos, a data representa o nascimento de Jesus Cristo, mas além de ter sua importância no calendário religioso, ela também traz às pessoas a presença de uma figura benevolente e carismática, muito conhecida em todos os cantos do planeta: o Papai Noel.

Um velhinho simpático, de barba mais branca que a neve, uma barriga grande, vestindo roupas e um gorro vermelho, de posse de um trenó, conduzido por suas renas, que entrega presentes às crianças que se comportam bem durante o ano e que vive em sua casinha no Polo Norte; esta é a representação do Bom Velhinho que está no imaginário popular. Mas, afinal, o mito do Papai Noel tem alguma relação com outra figura amplamente parecida, que é santo da Igreja Católica? A resposta é, sim.

São Nicolau nasceu em meados do século IV, na cidade de Patara, na Ásia Menor, onde hoje se localiza a Turquia. Apesar de não haver registros concretos, acredita-se que ele tenha nascido em torno do ano de 275. Foi sagrado bispo da Igreja Católica em Mira, cidade grega, da mesma região. Faleceu por volta do ano de 350. De família abastada, Nicolau herdou, após a morte de seus pais, uma generosa herança, a qual utilizou para distribuir presentes aos mais pobres.

Nicolau foi canonizado pela Igreja, por serem atribuídos a ele alguns milagres. Um deles, revela que, em uma viajem de barco à Terra Santa, o santo e os marinheiros enfrentaram uma grande tempestade e, quando São Nicolau rezou, tão logo a calmaria se estabeleceu.

Desse modo, ele ficou conhecido como santo padroeiro dos marinheiros e mercadores. O santo nunca foi apegado a bens materiais, sentia-se feliz em ajudar os menos favorecidos. Há um outro conto que revela que Nicolau livrou três mulheres de serem levadas à prostituição por seu pai, pelo fato de o comerciante não munir de recursos monetários suficientes para sustentá-las. Sabendo disso, o santo, discretamente, depositou moedas de ouro em três sacos, subiu no telhado da casa do pai, e os jogou pela chaminé da residência; os sacos, então, caíram nas meias das moças, que estavam depositadas na lareira para secar.

Comemora-se, desde então, no dia 6 de dezembro – data aproximada de sua morte – o dia de São Nicolau. Sua trajetória em vida e sua imagem se assemelham à figura do Papai Noel; um senhor de feição serena, de comportamento bondoso, trajado de batina branca e estola vermelha e com mintra – um ornamento episcopal para a cabeça –, além do saco de moedas de ouro, que seria associado posteriormente ao saco de presentes do Bom Velhinho. Por meio de suas ações, o santo ficou conhecido como padroeiro, além de dos marinheiros e mercadores, dos órfãos, das crianças e da Rússia. A devoção a São Nicolau pode ser vista em diversas cidades, como por exemplo em Bari, na Itália.

Se desvencilhando do princípio religioso, a atual figura do Papai Noel tem sua origem no ano de 1823, quando o teólogo Clement Clark Moore escreveu um poema para suas filhas, intitulado “Uma Visita de São Nicolau”, no qual descrevia um pai que, na noite da véspera de Natal, recebera a visita de um homem, vestindo roupas vermelhas, de posse de um trenó pequenino carregado de presentes e conduzido por oito renas, que havia subido ao telhado e descido pela chaminé para deixar os embrulhos de Natal. O poema apresentava o Bom Velhinho como sendo um homem de cabelos e barbas branquinhas, bochechas rosadas e um nariz que se assemelhava à uma cereja, rosto largo e uma barriga redonda e saliente.

Embarcando no sucesso da figura, uma famosa marca de refrigerantes alimentou ainda mais o imaginário das pessoas ao lançar, em 1931, uma propaganda com uma versão mais próxima a atual. Na cena, é mostrado o Papai Noel oferecendo uma bebida a uma garotinha. Ele vestia um casaco curto, a mintra dava lugar ao gorro, e mantinha a mesma barriga grande imaginada por Moore em seu poema. Se consolidava, então, a mesma imagem benevolente, porém atualizada, do Papai Noel, que segue sendo um dos principais símbolos natalinos até os dias de hoje.

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