Na noite de sexta-feira, 18, a comunidade católica de Monte Alto e região se reuniu na Matriz do Senhor Bom Jesus a fim de acompanhar a celebração da solenidade de elevação da igreja à dignidade de Basílica Menor, presidida pelo Bispo Diocesano Dom Eduardo Pinheiro da Silva.
Durante a missa solene, foram entregues os símbolos que identificam a Igreja como Basílica Menor, sendo o Umbráculo e o Tintinábulo. O pároco da Paróquia, Pe. Luiz Gustavo Scombatti, na ocasião, leu o decreto que oficializou a concessão da dignidade de Basílica Menor à Igreja do Senhor Bom Jesus.
O título, concedido pelo Papa aos templos de importância histórica e arquitetônica, foi oficialmente aprovado no dia 24 de maio deste ano, e anunciado em junho, durante o Retiro do Clero, realizado em Campos do Jordão. Para sua concessão, foram levados em consideração fatores como: a dimensão da devoção e veneração à imagem do padroeiro Bom Jesus desde o surgimento da cidade, com Porfírio Pimentel criando este laço de afeto; e a dimensão arquitetônica da Igreja, que externamente possui traços neogóticos e, internamente, afrescos que remetem à Ressurreição, a Pentecostes, ao Cordeiro de Deus, São Pedro e São Paulo, entre outros. A participação dos fiéis montealtenses nas celebrações religiosas, também influenciou na decisão do Santo Padre, o Papa Francisco.
No total, cerca de 1.500 Basílicas Menores estão espalhadas ao redor do mundo; 105 delas, presentes no Brasil, sendo 25 no estado de São Paulo. As Basílicas Maiores – templos que são ligados diretamente ao Papa –, são 4: Basílica de São Pedro, São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Extramuros, localizadas no Vaticano, em Roma.
Durante a celebração, o Pe. Luiz Gustavo comentou sobre como surgiu a ideia de iniciar o processo “Surgiu no dia em que eu estava sentando nesta igreja, dizendo em uma das minhas orações, que eu precisava fazer algo pela minha cidade e pela minha paróquia. Não por mim, mas por toda a história de fé que este povo tem. E veio, justamente uma inspiração: ‘por que não pedir autorização ao Bispo e batalhar pelo título de Basílica Menor’. Foi realmente um processo iluminado por Deus”.
A primeira etapa foi iniciada em 2020, tendo seu processo concluído com os levantamentos históricos, mapeamentos e fotografias, que compuseram o dossiê. Após conversa com o Bispo Dom Eduardo, a proposta foi encaminhada ao Conselho de Presbíteros, que a aprovou por unanimidade. Concluído o dossiê, ele foi enviado para a CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – , que deu o aval; em seguida, levada à Santa Sé, na Coligação do Culto Divino dos Sacramentos, no dia 28 de setembro de 2021.
A Igreja, agora passa a contar com símbolos que identificam o templo como Basílica, são eles: o Umbráculo, espécie de sombrinha utilizada pelo Papa em trajeto pelas Igrejas; o Tintinabulo, que possui um pequeno sino e será ornamentado com referências próprias da Basílica do Bom Jesus; as Chaves Pontifícias, que vêm acompanhadas do brasão do Papa, e a chave de São Pedro, significando a comunhão direta com a Igreja de Roma.
Como Basílica Menor, o espaço religioso terá missas e confissões diariamente, no entanto, ainda sem horários definidos. Os fiéis que participarem de uma celebração, se confessarem, rezarem um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Creio, nas intenções do Santo Padre o Papa, recebem, automaticamente, uma indulgência plenária.
