O mês de novembro ganha uma atenção especial com o início da campanha ‘Novembro Azul’, que tem com objetivo conscientizar a população, em especial os homens, sobre a importância do diagnóstico precoce e da prevenção contra o câncer de próstata.
A doença, é a mais comum entre os homens, ficando atrás do câncer de pele não-melanoma, e silencioso na maioria dos casos. Ele se desenvolve quando as células da próstata – glândula que faz parte do sistema reprodutor masculino e é a responsável por produzir parte do fluido seminal – se multiplicam de maneira anormal formando um tumor.
O risco de desenvolver a doença aumenta em homens com idade superior a 50 anos, com cerca de 60% dos casos sendo desenvolvidos em pessoas com mais de 65 anos; que tenham algum histórico do câncer na família; que sejam obesos ou que possuam uma dieta alimentar rica em gordura animal e pobre em vegetais, legumes e frutas.
Este tipo de tumor se desenvolve de maneira silenciosa e lentamente. Grande parte dos homens não manifesta sintomas até que ele esteja em estágio avançado. Neste caso, é possível perceber: uma vontade frequente de urinar; presença de sangue na urina ou sémen; fluxo de urina interrompido ou a sensação de bexiga cheia mesmo após ter urinado; dor ao urinar; disfunção erétil; além de dor nos ossos, como os do quadril, coxa, costas etc.
O câncer de próstata pode ser diagnosticado antes do início de qualquer sintoma. O diagnóstico pode ser feito através do exame do PSA, que mede a quantidade de antígeno prostático específico, que é uma substância produzida pela próstata; caso o nível esteja elevado, isso pode indicar a presença de câncer ou outros tipos de doença. Outra opção é o toque retal, no qual o médico avalia o tamanho, forma e textura da próstata, com o objetivo de identificar possíveis alterações na glândula.
Portanto, é recomendado que homens a partir dos 50 anos façam exames de rotina, se consultando regularmente com seu médico. Já para aqueles que possuem histórico da doença em pessoas da família, recomenda-se que os exames sejam feitos a partir dos 45 anos.
A doença tem tratamento, no entanto ele só será eficaz se seu diagnóstico for precoce. Os tipos de tratamento variam de acordo com o estágio no qual o câncer se encontra e também qual a idade do paciente, e podem incluir a remoção cirúrgica da próstata; radioterapia, hormonioterapia e, em alguns casos, a quimioterapia.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, o câncer de próstata corresponde a 29% dos casos de câncer em homens, com cerca de 66 mil novos casos por ano no país.
Testemunho de um vencedor, Carlos Alberto de Alencar
Próstata: O câncer da próstata é um dos mais fáceis de curar, ao mesmo tempo, o mais fácil de matar. A minha experiência com está terrível doença me fez entender como é importante, assim como os demais cânceres, o descobrimento precoce. Era anos oitenta, tinha meus trinta e seis anos mais ou menos, fazia parte do Rotary Club e criei em combinação com os demais companheiros, o departamento de esporte, o que me aproximou mais ainda dos companheiros médicos. Um certo dia, participando de um dos jogos, o companheiro Dr. Eidi Kondo brincou comigo: “Alencar, quando você completar os quarentas anos precisa fazer exame com o Peixe, dando risada referindo-se ao Dr. Ricardo Peixinho, urologista que acabava de se mudar para Monte Alto e fazia parte daquele importante clube de serviço.
A Prevenção que salvou minha vida: Ao quarenta e um anos fiz meu primeiro exame da próstata, o chamado PSA e fui fazendo todos os anos sendo que depois dos 45 anos comecei fazendo também, o exame de toque. Naquele tempo, pouco se falava em Câncer de Próstata, muito menos exame preventivo. Continuei fazendo ano a ano, quando completei cinquenta e cinco anos, ou seja, 15 anos após o primeiro exame, Dr. Peixinho disse: “Alencar tá estranho seu PSA, está baixo, ele subiu e desceu, nós temos que fazer uma biópsia. Foi então que fui à luta! Ele me disse que eu deveria operar, mas antes fazer um novo exame da lâmina, que detectou um câncer no começo, já que fazia menos de uma ano que tinha feito exame, e tinha dado negativo. Foi quando meu filho me levou em um médico oncologista de próstata que o próprio Dr. Peixinho achou que deveria procurar.
Já no Hospital Sírio Libanês, acompanhado do meu filho pelo fato dele ser médico, as coisas foram facilitadas e fui me consultar com Dr. Fernando Cattad Maluf, oncologista e especialista em Câncer de Próstata e Mama, que ultimamente vive dando entrevista nos canais de televisão sobre o tema. Ele me pediu outros exames, dois que só fazia lá no Sírio, parabenizou o Dr. Peixinho por ter descoberto minha doença, já que não tinha indícios e que estava no começo. Operei, fiz 40 Radioterapias, fora os medicamentos. Já faz 17 anos, fiquei totalmente curado Graças a Deus! Continuarei a minha história sobre minha doença na minha coluna ainda neste mês de novembro, ela é bem complexa e serve de alerta para muitos homens; foi motivo, anos atrás em uma palestra da Unimed e na própria Etec de Taquaritinga. Infelizmente perdi muitos amigos para essa terrível doença.