Maria do Carmo Lanfredi Lopes: talento na música na família

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IMG_0802Maria do Carmo Lanfredi Lopes nasceu no dia 24 de agosto, em Monte Alto. Filha de Hermínio Lanfredi e Vitória Gomes do Amaral Lanfredi, tem três irmãos: José, Elza (in memorian) e José Angelo. Em 1964 casou-se com João Lopes Manzoni e da união nasceram dois filhos: Elaine e Marcelo, e três netos: Guilherme, Leonardo e Vinicius. Iniciou os estudos aos sete anos de idade no Grupo Escolar Dr. Raul, e teve como professoras: D. Odila Porto, Lidia di Migueli, D. Oraíldes Barroso e D. Aparecida Tiezerini.

Primeiro Emprego – “Eu sempre tive vontade de ser cabeleireira e estar envolvida com a beleza das mulheres. Foi então, que fui trabalhar com minha tia Tereza Denadai, eu seu salão de cabeleireira. Fiquei lá durante cinco anos e tive uma grande experiência trabalhando com ela. Depois, abri meu próprio salão, localizado na rua Luiz Cestari, onde residia, e comecei a trabalhar com as damas da sociedade, entre elas: D. Aninha, esposa do Dr. Raul da Rocha Medeiros, D. Sofia de Lima, esposa do Dr. Luiz Zacharias de Lima, D. Celina Reis, esposa do proprietário do cartório na época, D. Zenita, esposa do médico Dr. José de Paula Eduardo e D. Guiomar de Freire Andrade, esposa do Dr. Adaucto Freire”.

O namoro e casamento – Em 1960, D. Maria conheceu seu esposo João Lopes Manzoni. Ela contou a este colunista a maneira peculiar que teve início o seu namoro. “Foi interessante. Um dia eu estava em casa e a campainha tocou, eu fui atender e era o João. Eu perguntei o que ele desejava e ele disse: ‘Eu gostaria de conversar com você em particular, e assim, nasceu nossa amizade’. A princípio eu estranhei, pois sempre o via na rua do comércio, mas nunca tinha falado com ele. Passado um tempo, a amizade se transformou-se em quatro anos de namoro, até nosso casamento em 1964”.

Família de músicos – “Meu pai sempre gostou de tocar clarineta, saxofone, violão e flauta, e os filhos seguiram o mesmo passo. Ele me ensinou tocar bateria, eu ensinei o José Angelo, que na época tocava caixinha, a Elza cantava e o Zezinho tocava bombardino nas bandas Nhonhô Livramento, Mário Veneri. Era uma brincadeira sadia que fazíamos em casa, logo após o jantar, meu pai nos reunia na sala com os instrumentos e ali passávamos horas fazendo o que mais gostávamos: música. Ele dizia: ‘Oh pessoal, aqui é casa de músico, e onde tem músico tem alegria. É muito importante a pessoa aprender a tocar qualquer instrumento, não importa a idade e nem o sexo, pois a música é fundamental na vida do ser humano. Depois de um tempo, meu pai e o Zezinho foram convidados a tocar na Banda Mascagni em Jaboticabal e também na Gomes Puccini”.

Lembrança de bons tempos: Baile da Festa de Agosto – “Lembro-me de muitas coisas boas, Alencar. Eu e minha irmã íamos aos bailes a rigor, fazíamos amizades com pessoas diferentes, guardo até hoje um vestido de baile. Era realizado no penúltimo dia da festa de agosto, no dia 5, onde várias orquestras se apresentavam a cada ano, dentre elas: Pedrinho de Guararapes, Renato de Tupã, Orquestra Marajoara, de Catanduva, enfim, a região toda vinha prestigiar nossa festa, era muito bem frequentada, sinto saudades dessa época”.

O carnaval com o Sambalanço – “O sambalanço tocou muito em bailes e carnavais no Monte Alto Clube, tenho o CD que comprei no carnaval, e quando escuto, me emociono de ouvir e lembrar que meus irmãos faziam parte da banda e também dos os arranjos para o trombone feitos por meu irmão Zezinho”.

A convivência com o Maestro Mário Veneri – “Mário Veneri era compadre do meu pai. Todos nós gostávamos muito dele, tínhamos carinho, pois Mário Veneri era uma pessoa muito boa”.

Conjunto Marabá – Maria do Carmo conta que seu pai tinha um conjunto musical, chamado Marabá, composto por: Aldo Devazzio, Bergo, Dailton, Pomatti, Zé Maria, seu irmão Zezinho e o pai Hermínio.

Recordações – “Sinto saudades da época em que morava na casa onde passei a minha infância. Lembro-me das aulas de catequese, que eram feitas em baixo dos mangueirais, na Santa Casa de Misericórdia. As freiras nos davam mangas e nos ensinavam a rezar; foi lá que conclui meu catecismo”.

A boiada do ‘Zé’ Pizarro – “Lembro-me que junto com uma amiga, quando voltávamos da escola, ficávamos paradas na Rua Florindo Cestari, que então era terra, para ver a boiada do Zé Pizarro passar. Era muito bonito, os bois e vacas em fileiras, a poeira levantando e o berranteiro tocando em cima do cavalo, me emociono até hoje em falar. Bom seria se isso acontecesse nos dias atuais”.

Mensagem – “A vida, cada dia que passa, é como colher flores de um jardim, recomendo aos jovens que colham o perfume dessas flores, pois a vida é maravilhosa e lutem para vencer os desafios do dia a dia”.

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