A beleza do nosso lugar

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Semana passada, estive fora por três dias. Claro que não posso chamar três dias de férias, mas, depois de passar três semanas imersa num projeto dificílimo, esse curto espaço de tempo me ofereceu o deleite que eu precisava. Caminhei por ruas velhas conhecidas, no centro da capital; revi familiares e amigos, longamente distantes durante a pandemia; visitei lugares belíssimos, comi boa comida, fiz compras; compareci a um funeral e dormi na cama confortável de um hotel aconchegante.

Foram, de fato, dias intensos, fisicamente cansativos, porém, o descanso mental que eu precisava. Não ter hora para levantar – embora o máximo que consegui ficar na cama foi até às 07h30, mas, em casa, na minha rotina de todos os dias, acordo às cinco da manhã, então, acordar às 07h30 é um luxo. Não ter compromisso formal, mensagens de trabalho a responder, tarefas a executar… Três dias de liberdade!

Porém, voltar para casa é algo que não tem preço. Nos últimos anos tenho me ausentado muito pouco, mas, cada vez que me ausento, mais fica claro o quanto gosto do meu lar, o quanto gosto de ficar em casa, o quanto gosto de ter um abrigo, uma fortaleza. E, não importa como seja a casa da gente, se um palácio ou uma choupana; é a casa da gente, e isso é o que importa. Aquele lugar que a gente sabe onde estão as coisas, não tem dificuldade para encontrar o interruptor no escuro da noite, pode abrir a geladeira e beber água no bico da garrafa, ficar descalço, usar aquela camiseta furada que já tem o formato do nosso corpo.

Na véspera de minha viagem levei um dos meus cachorros para uma clínica para ser castrado. Depois do procedimento, ele ficou no local, até o meu retorno. Ao chegar, antes mesmo de trocar de roupa e me alimentar, fui buscá-lo e me causou comoção a maneira como ele interagiu com a casa. Claro que ele estava com saudade de nós, e se aninhou o quanto pôde em nosso colo, nos dando uma infinidade de lambidas, mas, ele estava, sobretudo, saudoso da casa.

A maneira como ele cheirou e percorreu cada canto, deitando um pouquinho em cada lugar, demonstrando entrega e abandono ao ambiente, deixou claro o quanto ele gosta daqui, assim como nós gostamos. É o nosso lar e o lar dele e de seus oito companheiros. É o nosso lugar de pertencimento. E isso é único.

Conheço pessoas que reclamam de suas casas, pelos mais diferentes motivos, mas, duvido que elas encontrem em outro ambiente a sensação de segurança, acolhimento, domínio, sinergia que têm em suas casas. Não, não há lugar tão bom quanto a casa da gente! Neste momento, enquanto escrevo, vem da cozinha um gostoso cheirinho de tempero, do jantarzinho caseiro que meu marido prepara para nós. Não há Terraço Itália que supere isso!

Mais do que contar cobre a minha viagem, quero deixar uma reflexão sobre a importância de termos para onde voltar, de termos um cantinho com a nossa cara, que nos acolhe, nos abriga, nos protege e nos faz felizes. Jamais, em hipótese alguma, se permita menosprezar o lar que a vida lhe deu, o aconchego que tem o tamanho certo para a sua carência, o repouso na medida para o seu cansaço. Ame o seu lar, valorize-o e, esteja certo, em nenhum outro lugar do mundo você se sentirá tão feliz quanto na sua choça. Não há palácio que nos dê o que nos dá o nosso lar. Cuide dele, limpe-o, perfume-o, ilumine-o, valorize-o. Muitos gostariam de estar no seu lugar e ter o que você tem. Como diz a música do Gilberto Gil, “o melhor lugar do mundo é aqui e agora” e este aqui e agora é ainda melhor dentro das paredes que nos abrigam.

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