Antonia Tronfino Galo: uma história de Fé e Caridade

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IMG_0515Antonia Tronfino Galo nasceu no dia 24/06/1932 na Fazenda Milanês, localizada em Taiaçu. Filha de Paulo Tronfino e Maria Tronfino Romano. Tem oito irmãos: Mariana, Aparecida, Amélia, Margarida, Mário, Agostinho, José (in memorian) e Júlio. Em 1958 casou-se com Antonino Galo, no bairro rural Água Suja, e da união nasceu José Antonio. Tem dois netos: Matheus e Bruna. Iniciou os estudos aos sete anos de idade, na Fazenda da Tabarana, onde estudou até a 4ª série.

Primeiro Emprego – “Meu primeiro emprego foi com os meus pais, na roça. Nós capinávamos, plantávamos, roçávamos, fazíamos de tudo. Porém, como eu tinha problemas de saúde, devido ao trabalho exaustivo, meu pai resolveu me colocar para aprender costura. Então, a partir daí, eu comecei a costurar; fazia vestidos de noivas, ternos de casamento e quero destacar que costurei as fardas e os bonés dos guardas-mirins de Monte Alto. Primeiro eu lavava e colocava os tecidos para secar, depois passava todos e então começava a costurar. Nos anos 60, eu trabalhei na CICA, durante oito anos. Quando fracassava a produção de molho de tomate eu ia para a indústria Peixe, em Taquaritinga, trabalhar no mesmo ramo, com polpa de tomate. Entretanto, minha irmã adoeceu e eu precisei me afastar do trabalho para cuidar dos seus filhos”.

Dom do benzimento – “Tenho esse dom desde os meus sete anos de idade. Eu pedia para minha mãe para ajudar nos lares das mulheres que estavam na dieta, isto é, que acabavam de ter filhos. Comecei fazer esta caridade até os 10 anos, sem querer nada em troca. Sempre rezei para o povo, no altar que montei no meu quarto. Lembro-me que no sítio em que morava tinham muitos pés da Flor de Monsenhor, brancos e amarelos, e num certo dia que eu estava entre estas flores, surgiu uma voz dizendo para eu fazer caridade, mas eu não conseguia ver ninguém. Então eu perguntei: ‘Que caridade eu preciso fazer?’. Esta voz me respondeu que eu tinha que benzer, pois ia chegar um tempo que determinadas doenças, somente a fé poderia curar. Eu acredito que são os sete dons do Espírito Santo, pois ninguém me ensinou a benzer”.

Contos da cura feita com o benzimento – “Uma vez chegou uma mulher com um filho, sem saber do meu dom, ela perguntou se eu benzia a criança, pois estava com muita febre e os médicos não conseguiam o diagnóstico. Entretanto, eu não sabia benzer e naquele momento eu fiz o Nome do Pai e rezei um Pai Nosso e uma Ave-Maria. Daquele dia em diante a minha fé mostrou o caminho para esta missão. Quando eu já estava em Monte Alto, há 50 anos, um senhor estava de cama, e não andava por fraqueza, pois bebia muito. Então, seu filho veio até mim e pediu para eu ir até lá e fazer oração para ele. Eu não gostava de ir aos lugares, e pedi para ele me trazer uma peça de roupa e falar o nome do pai. Benzi a roupa e uma água para ele levar, passados três dias o menino veio me contar com um sorriso no rosto, que o pai já havia se levantado e estava jogando bocha. Até hoje as pessoas me procuram para benzer, porém, pela minha idade, e porque tudo o que a pessoa sente, é passado para mim, estou diminuindo, mas, continuo com minhas fortes orações”.

Vicentina há 33 anos – D. Antonia relatou que em decorrência da morte do marido, sentiu a necessidade de erguer a cabeça para amenizar o sofrimento. Sendo assim, começou a participar dos grupos de orações e caridade, no Asilo São Vicente de Paulo.

Casas para os menos favorecidos – “Lembro-me que havia uma favela no Parque Cosmo Inforçatti, e eu junto com a Rita Pelarin fizemos um campanha para a construção de uma casa, a fim de tirar uma mulher doente com os filhos de lá. Conseguimos tijolos, cimento, pedreiros e muitas doações feitas pela D. Lola, que contribuiu muito para este sonho. Além disso, com ajuda da minha amiga Cida, que na época trabalhava comigo no Asilo, começamos a fazer baldes de comida e distribuir para as famílias e as crianças famintas, que necessitavam de caridade”.

O Esporte – “A convite do Pedro Beltrame e da mulher, eu comecei a participar do Clube da Amizade, e por meio do grupo eu iniciei minha vida no esporte. Jogo vôlei há 19 anos, sou a mascote da turma. Disputo o Jori todo o ano, e quero destacar Alencar, que antes de entrarmos em quadra sou eu que puxo a oração pelo time”.

A Dança – “É uma das minhas paixões, depois da caridade e da oração. Danço nos bailes do Clube da Amizade que frequento até hoje, dou canseira há muita moçada jovem (risos)”.

Festas – D. Antonia contou à este colunista que as festas nos bairros rurais eram bastante frequentadas. Havia danças, leilões, muitas comidas e povo animado com os sanfoneiros. Disse também que naquele tempo as barracas eram feitas com bambu e cobertas com folhas de bananeira.

Mensagem – “Peço que os jovens tenham fé. Agarrem-se ao esporte e às coisas boas da vida. Estudar e crescer com respeito ao semelhante e responsabilidade é o mais importante”.

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