PANDEMIA PLANETÁRIA
Nada acontecerá depois da Pandemia, porque não haverá depois. O Coronavírus veio para ficar, ele gostou da Terra, principalmente dos humanos, que na verdade não têm que ter medo de vírus ou coisa que o valha. Ninguém mais do que o próprio humano abusa da sorte em relação às doenças. O sujeito fuma e sabe o que o cigarro provoca no organismo. O tabaco é mais letal do que o coronavírus, a questão está no tempo de ação. O corona causa menos sofrimento – mata logo! Além disso, existe a possibilidade de não contraí-lo, por ora, o uso da máscara, boa alimentação e isolamento social. Os humanos não nascem de parto generalizado, nascem individualmente ou dois ou três, portanto, nada justifica aglomerações de qualquer natureza social.
Não é apenas o cigarro que mata os humanos, existe um produto pior e mais letal, é o álcool. Há uma contradição acima da idiotice, quando alguém bebe para comemorar um feito ou uma vitória. As comemorações são regadas a álcool, que supostamente causa felicidade e alegria de viver, e doenças colaterais. Diante disso, quem tem medo do coronavírus?
Outros vírus tiveram efeito amenizado por medicamentos e muitos são evitados em razão de vacinas, é o que se espera do corona, um enfraquecimento na ação e uma baixa mortalidade, sem sequelas, no caso de sobrevida. Uma coisa é certa: medicamentos e vacinas enriquecerão laboratórios, cientistas, médicos e países de primeiro mundo. Tudo sempre será uma exploração dos mais fortes em relação aos mais fracos, sem contar o racismo inerente no tratamento e combate às doenças mundiais.
O coronavírus tem a atenção da mídia e da opinião mundial porque atinge a brancocracia universal. Ele, o vírus, não poupa ninguém, é democrático por natureza; porém, não há dúvida que o combate e a cura selecionarão a maioria branca. A sentença é bíblica – os primeiros serão os primeiros. A maioria branca está em risco, nada melhor do que um vírus para salvá-la. Os renascentistas pintavam e esculpiam isso sem pudor. Deus e os anjos e a maioria dos santos eram brancos, as demais minorias eram vítimas da peste, lepra e varíola. O branco sempre dava um jeito!
Não é uma contradição brancos e idosos serem de risco e liderando o número de mortos – são dispensáveis, porque a Terra é limitada, necessita de espaço para a juventude se suicidar por conta e matar-se uns aos outros. Os idosos apenas obstruem o caminho – uma dose a mais ou menos de vírus terá pouco efeito.
BARBATANA
Calcula-se que serão necessários 400 mil tubarões para a fabricação das vacinas contra o coronavírus. O princípio ativo está no fígado deles. Estão na mira dos caçadores de todos os mares.
BODE
O pangolim é um mamífero do tamanho de um tatu, em média. O animal é uma iguaria chinesa, é vendido nas feiras vivo ou morto. Ele é criado em cativeiro e vendido nas ruas, assim como vendemos frangos e galinhas. Culpam o pangolim pela transmissão do corona. Nada mudou na vida dele; na China, continua como sempre, todos comem.
PRATO FEITO
O que chamamos de comida exótica, formigas, larvas, escorpiões, baratas e lagartas, geralmente consumidas na Ásia, são alimentos necessários à sobrevivência de muitos povos, que não têm a comida tradicional como grãos, carnes e vegetais, consumidas no ocidente. Os especialistas em alimentação projetam que em menos de 100 anos os pratos exóticos de hoje serão os normais para todos na Terra, por falta dos atuais.
Os consumidores desses alimentos os comem por necessidade, se não fizerem isso morrerão de fome ou se tornarão canibais, como já o foram no passado. Nesse instante você está lendo esse texto e provavelmente usando a digitabilidade, que nada tem a ver com comida asiática exótica. Puro engano. No celular existe um componente único mineral que não existe em nenhuma parte do mundo, a não ser numa região remota da África, trata-se do Coltan. O material é extraído pelos mineiros manualmente, que após o trabalho exaustivo precisa se alimentar. No local, naquelas profundezas, é obrigado a comer os insetos comuns para eles. Portanto, você do celular provoca a fome dos mineiros e caçam baratas para comer.
GITANO
Em 1965, seis famílias acamparam em uma estrada vicinal, no local que hoje é uma concessionária de veículos. Chegaram em vários veículos, montaram tudo, foram à prefeitura, pediram licença e se identificaram na Delegacia de Polícia. Disseram que ficariam um mês acampados. No segundo dia os homens “invadiram” a cidade vendendo tachos de “cobre” e as mulheres lendo a sorte das palmas das mãos de todo mundo por trocados e alimentos embalados. Como a gente costumava ficar rondando aquele local, via tudo o que os ciganos faziam. Era uma cidade com tudo, até escola para as crianças. Cada um tinha sua função no acampamento e a autoridade dos mais velhos era rígida. Logo fizemos amizade com a “tribo”, o chefe contava como viviam e o que faziam. As regras ciganas eram cumpridas por todos, cada desobediência tinha o castigo certo.
Antes do mês levantaram acampamento e partiram, não disseram para onde iriam e o que fariam. Os únicos amigos que deixaram em Monte Alto foram nós, os moleques, que entre outras coisas furtavam frutas nos pomares da região, que tinha várias chácaras. Com o tempo ficamos sabendo que o cobre dos tachos era latão e a sorte lida eram mensagens otimistas, que quanto mais pagas mais felizes eram. Talvez seja pela lei da sobrevivência que os ciganos desenvolveram habilidades específicas, até os meninos e meninas sabiam mais que as crianças das nossas escolas. Foi uma aula de esperteza. Os ciganos são uma nação sem pátria, se tivessem um país na Terra, seriam o povo mais civilizado do mundo. (Hitler percebeu isso e matou milhões no nazismo).