Sempre falo que as amizades são como as noites enluaradas, que a gente não vê todos os dias, mas elas existem. As vezes na vida convivemos com amigo diariamente por anos, porém, devido a vários motivos, o destino nos distancia por algum tempo. Aí, tu voltas à convivência. Fica aquela amizade ioiô: ver o amigo no dia a dia e depois se ausentar por inúmeras questões. Porém, quando amizade é sincera, ela não desaparece, a gente tá sempre vendo aquele amigo. As vezes pode passar dias e até meses, mas sempre há o encontro, não importam as circunstâncias.
Um Clarim que sempre soou perto, agora soa distante
José dos Santos Teixeira, ou Teixeira, ou Teixeirinha, o Músico, o amigo, o esposo, o pai e o avô. Durantes décadas, com seu instrumento, levou alegria aos inesquecíveis bailes nos salões do Monte Alto Clube e de diversos da região e do estado de São Paulo. Era um cara humilde, de fala mansa, mas quando subia no palco, se transformava em um gigante ao lado dos amigos Donegá, Bergo, Chico Pimentel, Damasceno e os irmão João e Dito Moreira, entre outros. O som do seu Pistom soava nos Bailes onde os casais dançavam de rosto colado nos saudosos anos 60, 70, 80 e 90.
Os inesquecíveis e históricos carnavais do Monte Alto Clube
Talvez muitos dos jovens não saibam, mas com certeza ouviram falar de seus pais, tios e avós dos carnavais do Monte Alto Clube. Marcaram época, sempre ao som do conjunto que marcou gerações, o Sambalanço. Era o carnaval das famílias, as pessoas se reuniam, os amigos formavam blocos, tinham blocos de montealtense e amigos que moravam em São Paulo e vinham só para passar o carnaval em Monte Alto, o Carnaval do Monte Alto Clube, o Carnaval do Sambalanço. Lembro de um bloco que era um luxo, Pluma e Paetês. E era assim, quando o músico comunicador do conjunto, João Moreira, dava o grito, o carnaval começava e lá, entre eles, um som era marcante: o sonoro pistom do Teixeira, que fazia o “Param, Param” inesquecível para os foliões do Carnaval dos Carnavais. Vai com Deus meu amigo. Você sempre me dizia que na música tudo tem seu tempo. E eu acrescentaria: na vida tudo tem seu tempo.
Quem tem o zap
Na edição que escrevi sobre sucessão municipal, falei nesta coluna que Monte Alto tinha cinco azes e uma coringa. Meu amigo Marcelo Bacalini (foto) me mandou uma pergunta pelo zap: Alencar quem tem o Zap? Como não entendo muito de jogo fui me informar e os amigos que são do ramo me falaram que no jogo de truco o zap é a carta maior que define o jogo.
– Meu amigo Marcelo, sinceramente eu não sei. Se soubesse, também não poderia tornar público por uma questão de que geraria a maior polêmica, com certeza. Mas…valeu pela pergunta.
Em cima do coqueiro
Existe um dito popular que diz que quando alguém está para tomar uma decisão importante, ela está em cima do muro. Eu diria que o PL de Monte Alto, partido que estão alguns vereadores, entre eles o Murilo Jácomo, não está só em cima do murro, mas tamanha a circunstância que os cerca, estão, ao meu ver, mais alto, eu diria, em cima do coqueiro. Já que o jovem vereador, que costuma cumprir sua palavra tem o acordo com o atual prefeito e vai esperar se ele será ou não candidato a reeleição para então tomar um direcionamento a quem apoiar; ele e seus demais companheiros rumo à sucessão municipal.
Pode ser transferida
Há tempo venho comentando com amigos, principalmente alguns vereadores, que as próximas eleições municipais poderiam ser transferidas, o que muitos não concordam comigo. Agora, já está na pauta do STE – Superior Tribunal Eleitoral – a possível transferência para novembro e dezembro, sem a prorrogação de mandatos dos atuais prefeitos. A ideia de consumo dos atuais prefeitos e vereadores em sua maioria, de prorrogação de mandatos, esquece. Pois mesmo tendo que mexer na Constituição para mudar as datas, o recém-empossado Ministro Luiz Barroso, que assumiu a presidência do Tribunal Eleitoral, e o Congresso Nacional, composto por Deputados e Senadores, não querem nem ouvir falar em coincidência de mandatos, ou seja, eleição para todos os cargos eletivos: Presidente, Governadores, Prefeitos, Senadores e até vereador, tudo em 2022. Esquece, cá entre nós, seria um estelionato eleitoral, o Congresso e a Justiça Eleitoral estão certíssimos, no meu ponto de vista.
E Por Falar em Saudade
As Tardes Dançantes do Monte Alto Clube, dos banhos nas piscinas, onde muitos jovens davam suas escapadinhas até na hora de aulas para ir tomar um banhinho nas piscinas, que aqui entre nós, como me disse uma amiga professora aluna da época, era só um pecadinho, dos Bailes Inesquecíveis, onde muitos casais se conhecerem e até se casaram, além dos saudosos carnavais.
Como Adoniram
Esta coluna é como a música de Adoniram Barbosa, cantada pelos Demônios da Garoa: “Se você pensa que nóis fomos embora, nóis enganamos vocês, fingimos que fomos e voltamos, oh nóis aqui outra vez”.
