Não há parâmetros para o que vivemos agora. Não para as últimas gerações. Não há regras, nem receitas e nem experiência, que não seja muito recente, que nos ensine ou nos oriente o que fazer, como pensar e o que sentir.
O que existe são os relatos de poucos meses atrás vividos por diferentes países, com diferentes culturas e níveis muito diferentes do nosso do ponto de vista cultural e econômico.
Nós, brasileiros, estamos construindo nossa experiência. Não há como saber, com absoluta certeza, quem está mais certo ou errado. Lá na frente olharemos para trás e diremos: era assim que devia ter sido feito! Ou: este caminho era o melhor! Lá na frente. Por enquanto, estamos todos tentando. Uns mais, outros menos.
Sabíamos que havia algo errado. Sabíamos que estávamos adoecendo, em todos os sentidos. Moralmente. Emocionalmente. Sabíamos, há tempos, que as prioridades estavam tão invertidas que era difícil acreditar em algumas coisas que nossos olhos viam.
Só não sabíamos o tamanho da provação, da mudança, dos problemas e das dificuldades que enfrentaríamos. Torcíamos para evoluir. Uma parte, ao menos. Mas, não desta forma. Mas não pudemos escolher. Ou até pudemos e não enxergamos. Nós e o mundo todo fomos pegos, em maior ou menor escala, de surpresa.
E agora? Agora é hora de nos apoiarmos. Hora de unir nossas forças. De priorizar a solidariedade, o respeito ao próximo, reservar energia para nos mantermos saudáveis e com uma boa imunidade. Hora de repensar nossas prioridades. Hora de valorizar o que realmente é importante em nossa vida. O que eu quero manter quando puder voltar à rotina? O que eu quero mudar? O que eu percebi que não serve mais ou não era tão necessário?
Brigar, discutir e se desgastar, neste momento, colabora para o aumento do estresse e o aumento do estresse interfere enormemente na imunidade. Enormemente.
Se você prefere usar este tempo para não fazer nada, está tudo bem. Se você está mais ativo e fazendo mil coisas que estavam atrasadas, está tudo bem também! Se você assiste uma “ live” por dia, que bom! Se você foge delas, que bom também!
Como sempre e em todas as grandes crises, tem sempre alguém se aproveitando ou ganhando mais. Tem sempre alguém falando algo que não faz, defendendo bandeiras e escondendo as fotos dos encontros “clandestinos” aglomerados, por exemplo. Vai ter sempre. Mesmo que muitos evoluam e aprendam com tudo o que vivemos, vai ter sempre quem não aprenda nada, quem continue cego ou escolha não evoluir.
O que você pode fazer de melhor por você, pela sua família e pela sociedade em que vive? O que você pode construir com as pedras que estão se colocando em seu caminho? De que forma você pode colaborar?
Pensou? Então, mãos a obra! Faça! Do seu jeito, no seu ritmo, respeitando os seus sentimentos e sua disponibilidade.
Ah! E se puder, fique em casa! Tem muitos que não podem e muitos outros que estão trabalhando por você!
Dra. Luciene Pugliesi Rebonato (CREFITO 3/5231) Terapeuta Ocupacional / Psicopedagoga Clínica / Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Atendimentos on-line e informações: (16) 99232.0821