O início da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza foi antecipado para o dia 23 de março. A antecipação faz parte da estratégia do Ministério da Saúde, que pretende diminuir a quantidade de pessoas com gripe nesse inverno. Além disso, o órgão quer facilitar o diagnóstico do coronavírus pelos profissionais de saúde, já que as doenças abrangidas pela imunização seriam descartadas após receber a dose da vacina. Tradicionalmente a campanha acontece na segunda quinzena de abril.
As primeiras pessoas a receberem a dose da vacina serão as gestantes, crianças de até seis anos, mulheres até 45 dias após o parto e os idosos. Esse público é mais vulnerável à gripe e o risco de morte é maior. Para a campanha, o Instituto Butantan produziu 75 milhões de doses que previne contra os três tipos de vírus de influenza que mais circularam no ano anterior.
De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a antecipação vai favorecer o trabalho dos profissionais de saúde. “Na hora que o individuo, um mês, dois meses depois, se ele tem um quadro gripal e ele informa que foi vacinado, ele auxilia muito o raciocínio desse profissional para pensar na possibilidade de outras viroses que não são aquelas que são cobertas pela vacina. Um instrumento importante nesse momento. Porque você diminui o espiral de epidemia desses outros vírus”, afirmou o ministro.
Mandetta lembrou a importância de ampliar a cobertura vacinal e destacou que a vacina é uma das medidas mais importantes para a prevenção de doenças. “As influenzas A e B são mais comuns que o coronavírus e a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe diminui a situação endêmica dos vírus respiratórios no País, por isso é tão importante que as pessoas que fazem parte do público-alvo da campanha procurem uma unidade de saúde”, concluiu.
O ministro destacou ainda que, neste ano, a Campanha de Vacinação vai atender outros grupos. “Nós devemos fazer forças de segurança, população presidiária completa, agentes penitenciários. Devemos fazer ampliação de segmentos para diminuir circulação epidêmica”, disse.