A vida é cheia de perguntas, as respostas são consequências, por isso, não só como jornalista mas como ser humano vivido, resolvi iniciar minha coluna com uma poesia do eterno poeta, pensador e músico, Raul Seixas. Gostaria que vocês, meus leitores, analisassem por que ele fez os questionamentos, que na realidade servem para todos nós. Gostaria que refletissem consigo mesmos. Aqui, quem escreve é o jornalista, e não o fã.
Gospel
Por que o sol nasceu de novo e não amanheceu?
Por que é que tanta honestidade, no espaço se perdeu?
Por que é que Cristo não desceu lá do céu
e o veneno só tem gosto de mel?
Por que que água não matou a sede de quem bebeu?
Por que é que eu passo a vida inteira com medo de morrer?
Por que é que os sonhos foram feitos pra gente não viver?
Por que é que a sala fica sempre arrumada
se ela passa o dia inteira fechada?
Por que é que eu tenho a caneta e não consigo escrever? (Escrever)
Por que é que existem as canções que ninguém quer cantar?
Por que é que sempre a solidão vem junto com o luar?
Por que que aquele que você quer tão bem,
já tem sempre ao seu lado outro alguém?
Por que que eu gasto tanto tempo sempre, sempre a perguntar? (Perguntar)
DESTAQUE PROFISSIONAL
O destaque profissional, esta semana, fica para o excelente trabalho profissional, jornalístico, administrativo e transparente realizado pelo jovem Guilherme Leone Penharbel. Embora tenha sido uma passagem rápida, Guilherme conseguiu dar uma dinâmica geral na Rádio Cultura de Monte Alto.
Nos dias atuais, onde a mídia social, através da internet vem intensificando a concorrência com outros meios de comunicação, Guilherme superou muitos obstáculos para não deixar a peteca cair e manter, principalmente, o jornalismo em evidência. Dirigir uma empresa familiar não é fácil, principalmente quando novas gerações chegam.
Até a maior rede de comunicação do país, a Rede Globo, passa por grandes mudanças com a chegada de pensamentos diferentes da família Marinho, detentora da empresa.
Porém, Guilherme conseguiu fazer um trabalho profissional, no que pese às tradições enraizadas mantidas pela Rádio Cultura durante sua existência. O jornalista optou por voltar ao seu aconchego profissional que é a EPTV Ribeirão Preto, afiliada da Rede Globo de Televisão. Na Rádio Cultura, ficou a certeza do dever cumprido. Guerreiros são assim, gostam de estar no campo de batalha. Uma vez repórter, sempre repórter. O bom filho sempre à casa retorna.
Agora, para terminar, só falta usar o meu popular bordão consagrado na Rádio Energia FM usado por mim durante anos: “Cadê você, Guilherme Leone”? “Tô aqui, na Rede Globo de Televisão”.
PALANQUE DO DESFILE NA PRAÇA CENTRAL – APROVADO
Conversei com algumas pessoas em meio ao povo e perguntei o que eles estavam achando do desfile com o palanque na Praça Central e todos foram unanimes em dizer que era bem melhor. Mário Gomes, morador do Bairro Alvorada que estava esperando sua neta desfilar, foi taxativo dizendo: “Agora sim! Antes as crianças tinham que ir até a Praça São Benedito, o que além de ser cansativo, tem a feira, e ficava tudo misturado. Agora, aqui, ficou mais perto”.
Já Zilda Maria disse: tá dando até gosto o palanque nesta Praça: “Eu moro aqui perto, na Vila Municipal, e é um pulinho”, afirmou toda eufórica, aprovando o novo local.
Fiz questão de ouvir o povo, que é quem sabem o que é melhor para eles. A Comissão de Festejos, coordenada pela Diretora de Cultura e Turismo, Cida Constâncio, acertou na mosca.
Aliás, fazendo justiça, Cida, é uma funcionária dedicada, juntamente com toda sua equipe e mais o Secretário de Esporte, Diomedes e o apoio voluntário do Professor Pinheiro, coordenaram um desfile impecável. Destacando também a excelente locução do Diretor de Marketing, jornalista Rogério Menani.
Tudo Passa, Tudo Passará
Neste ano, fiquei um pouco no palanque do desfile, e passou um filme na minha cabeça. E eu pensei: caramba, como esta vida é, uma mudança constante. Ao ver o José Augusto Nascibem, lembrei que ele foi um dos poucos que procuravam registrar a História de Monte Alto, com sua máquina fotográfica, filmando e entrevistando.
Fiz uma pergunta para mim mesmo: Meu Deus quantas entrevistas fiz durante anos nestes desfiles? Quantas autoridades neste palanque, na época tão concorrido, onde as pessoas até chegavam a se acotovelavar para conseguir um pequeno espaço. Transmissões pela Rádio Cultura, eu lá em baixo fazendo entrevista, Afonso André no palanque, Zé Lucente no estúdio, todos registrando com suas câmaras, em preto e branco, e também para o Jornal A Comarca onde, em seguida, o Nelson Matsmura fazia a revelação dos filmes, já que naquele tempo não existiam os recursos digitais que hoje existem e nem a internet.
Cadê as autoridades? A maioria já não existe mais. Alguns, infelizmente já morreram, outros caíram no esquecimento do poder e outros estão velhinhos, não almejam mais poder. E assim é a vida. Volto a citar uma frase do poeta ‘Maluco Beleza’, cuja loucura era, na realidade, ver a vida como ela é: “A vida é uma Metamorfose Ambulante”.
Gente que lê a gente
Sou muito grato aos nossos leitores. Mais de uma vez me encontrei com a simpática assinante Maria Odete Colatrela, e ela me disse: Alencar, eu gosto muito da sua coluna, você escreve sempre assuntos muito interessantes, eu leio todinha… Muito obrigada Maria Odete, os elogios são sempre bem vindos, especialmente de pessoas experientes como você, eles nos fazem querer seguir sempre em frente.
