Temos visto como a tecnologia tem afetado e mudado radicalmente a vida das pessoas. Não que eu seja ou tenha uma pensamento retrógado, mas em algumas coisas esta mudança não fez bem ao ser humano.
As pessoas estão procrastinadas. São reféns da tecnologia e principalmente das redes sociais. Temos visto vários atos de horrores, desumanização, infidelidade e a falta de empatia. Muito se fala em confrontos bélicos na nossa fronteira com a Venezuela e uma possível intervenção da Rússia se isto viesse a acontecer. Perante o confronto bélico iminente, há fatos cotidianos que devemos sim nos preocupar. É isso o que tem nos matado.
As redes sociais causam um colapso social. Há tempos que presenciamos os diferentes modos de pensar se atacarem pelas redes. Há tempos que pessoas combinam atos atrozes para a prática do mal. Há tempos que as diferenças – sejam elas étnicas, políticas, religiosas, de gênero – são violadas pelos mais extremistas.
E se, de repente, estamos vivendo um caos social e não estamos percebendo que aos poucos estamos nos matando? E se, de repente, estamos destruindo famílias pela comodidade e facilidade comunicativa para desfrutar aventuras fora do casamento? E se, de repente, estamos a cada dia mais nos distanciando dos nossos filhos devido ao uso exacerbado das redes? E se, de repente, estamos ensinando aos nossos filhos a seguirem o mesmo mal que nos consome atualmente, cedendo o uso sem limitações às redes e jogos virtuais? E se, de repente, este meio de tecnologia for a nossa própria destruição? E se, de repente, estamos vivendo um apocalipse? Não digo um apocalipse de destruição em massa, mas sim a individual. Aquela que aos poucos vai nos demolindo e, consequentemente, as pessoas que nos rodeiam. E se, de repente, a escola for extinta por falta de interesse das famílias que já não estão mais preocupadas em mandar seus filhos à escola? Nós, os professores, sabemos o quanto o duelo entre leitura e tecnologia é sanguinário. Por mais que haja uma cobrança dentro da sala, a gente sempre sangra. Com a quantidade de informações pessoais que estamos transmitindo pelas redes, é, de fato, o caminho para a nossa própria aniquilação. Estamos, aos poucos, destruindo-nos. Felizes aqueles que estão focados com o olhar para frente; para o horizonte. Enxergar para frente é um ato que sempre acreditamos quando traçamos os nossos objetivos.
Hoje, as pessoas não conhecem esta perspectiva de tanto que ficam com os olhares focados para baixo e fixados numa doença virtual. E se, de repente, o olhar para baixo simbolizar a nossa estupidez e ignorância? Não importa! As pessoas nunca irão perceber tal analogia. Obviamente, estar-se-ão sempre ocupadas e distraídas na vossa própria decadência.