No meu canto de mágoa
quebrada, estilhaçada
irrecuperável e sem valor,
mesmo que de porcelana
desentendo-me.
Desconheço-me.
Como pedir entendimento?
Destinada sempre ao inconsistente –
frações sinistrógiras do tempo
reúnem-se
formando o presente.
Coração!
É você quem me comanda
ou esta cabeça desatinada?
Vou parar. Vou lá fora.
Vou rodar o meu cansaço
esquadrinhar o meu pedaço,
recompor-me.
O que tiver
virá.