Corredores de sangue

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O sucateamento da rede pública e a decadência do apoio familiar hodiernamente fazem da escola, principal pilar de desenvolvimento de um país, cada vez mais frágil.
O ambiente em que se deveria exalar conhecimento, refúgio e lar, hoje cheira a sangue. Pessoas morreram sem aprender a língua que falam, sem conhecer a história do seu povo, a evolução da vida e muito menos a matemática, digamos do amor, que tiraram suas vidas. Faltou a disciplina humanitária, esta cada vez mais escassa na educação. Faltou aquele alicerce que tanto se comenta em sala de aula. A escola tem se tornado um verdadeiro centro de recuperação familiar, na qual a falha desta é compensada no ambiente que visa proliferar educação.
Entretanto, o sistema também é falho. A escolha é falha. Não porque há pessoas incompetentes fazendo o seu trabalho, mas sim devido à incompetência daqueles que são responsáveis em alavancar o sistema. Nós, os professores, ficamos de mãos atadas perante esta falha toda. Desdobramo-nos para fazer um bom trabalho com o pouco de recurso que temos, mesmo assim a escola sangra.
Há uma hemorragia tão intensa que os corredores se banham de cor rubra. As famílias não se interessam em mostrar a verdadeira face da escola, a sua importância, e principalmente a importância de se conviver com as diferenças. Há uma cultura que se prega sobre a má educação gerada pela família. Esta cultura é de regurgitar todos os problemas que emolduram o ser para serem descontados no único ambiente que são acolhidos: a escola. Esta vai sendo o alvo de tudo aquilo que não dá certo na família.
Maria Carolina de Jesus escreveu o livro Quarto de despejo, no qual ela, a autora, considerava a favela um pequeno quarto para dispensar tudo aquilo que não serve para a sociedade. Pergunto: será que a escola está virando um quarto de despejo? Um lugar onde toda a falha familiar é jogada, literalmente, no nosso ambiente de trabalho para mascarar a má educação das famílias? O que nos entristece é saber que há famílias conscientes e que acreditam no poder da educação, mas por descuido de muitas outras, ela se contamina. Sendo assim, as coisas vão se avacalhando. O sistema vai deixando de lado este alicerce e o terrorismo vai tomando conta dele.
Terrorismo em todos os campos: cultural, social, comportamental e principalmente aquele que se banha em sangue.

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