BOLETIM
Os pais ficam na dúvida na escolha da escola dos filhos, que não se restringe à escola pública e particular, porque ambas têm variações de toda ordem, que vai do corpo docente à estrutura geral. O importante é preparar os filhos para o ingresso em qualquer delas, criando uma pré-escola em casa, principalmente nas atividades recreativas, para que a criança tenha uma noção do ambiente escolar que encontrará, ainda que esteja na idade da pré-escolar (jardim da infância). Uma simples lousinha em um espaço da casa e material diversificado como lápis, caderno, régua e principalmente livros próprios para a idade. A prática seria como se não tivesse escola e o aprendizado fosse no conceito autodidata, como era no Brasil colonial, que os 10% dos brasileiros alfabetizados aprendiam em casa, por conta própria; era a escola familiar. O método é uma antecipação à escola e um avanço no aprendizado, embora escola não seja um sinônimo de alfabetização, pura e simples.
A escola (entenda-se do pré à universidade) não forma o indivíduo intelectual e profissionalmente, emite um certificado de frequência e aproveitamento, a formação acontece na prática. Exemplo: o médico deixa a escola de medicina reconhecido pela competência, sua formação de fato se dará no consultório, no hospital e no centro cirúrgico. Todas as outras atividades e profissões obedecem o mesmo processo.
Enfim, a escola boa é a do aluno bom. No Brasil, a escolha dos pais entre a escola pública e a particular é um desvio de foco para a qualidade do ensino e a falha estrutural na educação, que por conta do atraso, ainda não tem escola em tempo integral. Meio período foi uma invenção de 1808, de D. João VI, que chegou no Rio de Janeiro com três mil crianças na sua comitiva, em idade escolar. Foi um processo emergencial que durou até agora na eterna colônia. Também não há no país o mínimo aceitável de colégios internos. Urgente: escola em tempo integral.
FRANQUIA
Não são pensionistas, porém, as figuras folclóricas das escolas franquiadas de origem estrangeira que atuam no Brasil, não são indicadas às nossas crianças.
Nas escolas originárias norte-americanas a figura das bruxas, praticamente fazem parte do currículo. Bruxa nunca existiu lá ou aqui. As escolas germânicas destacam gnomos, que não existem. As chinesas, o dragão. Nas espanholas há o destaque de toureiros e no ensino bretão aparece São Patrick, o padroeiro da Irlanda que era galês radicado no Reino Irlandês, o que não é citado na biografia do santo. Até algumas escolas de idiomas citam exemplos do país de origem, praticamente desconhecidos dos brasileiros, que querem aprender a língua.
BRASIL
Em São Paulo, quem conserta lataria de automóvel é um lateiro ou funileiro. No Rio de Janeiro é um lanterneiro. O nome carioca surgiu quando os automóveis importados possuíam uma fuselagem grossa e raramente amassava nas colisões, porém, sempre havia lanternas quebradas. Entrava em ação o lanterneiro.
Na TV, outro dia, um repórter de rua narrou que havia acontecido um batimento de carros na esquina, com uma pessoa ferida. Seria pelo batimento cardíaco?
Entre Rio e São Paulo, um profissional tem nomes diferentes, e o encanador paulista que se for para o Rio será um bombeiro. A culpa é dos morros cariocas que exigiam bombas potentes para levar água até lá em cima, com a força bruta, sempre quebravam. Bomba quebrada, bombeiro em ação e todo o sistema hidráulico idem.
MUNDO NOVO
Até crianças em idade escolar estranham o nome do nosso continente, que pela lógica, deveria se chamar Colômbia ou Colomba, em homenagem a Cristóvão Colombo. Acontece que Colombo não descobriu o continente, ele veio quatro vezes ao Novo Mundo, fez um ‘tour’ pelas ilhas do Atlântico e do Caribe, chegou a entrar no continente pela foz do Rio Orinoco, na Venezuela (pequena Veneza, em castelhano), porém, deu meia volta, dizendo que não tinha permissão de Deus para entrar no Paraíso (a beleza do local não tem precedente na América). Alertado que estava no continente, protestou dizendo que era uma lenda, tudo aquilo eram ilhas, como era o Caribe. Voltou para a Espanha dizendo ao rei Fernando para não acreditar que havia uma terra continental no Novo Mundo.
Em 1298, Américo Vespúcio embarcou como clandestino em um navio do capitão Ponce de Leon, no meio da viagem se entregou e foi obrigado a trabalhar no navio em troca de comida. Quando o navio chegou no Novo Mundo, Vespúcio foi obrigado a desembarcar junto com seu cão. Teve sorte, encontrou um grupo de espanhóis acampados, esperando um navio para embarcar. O grupo aceitou-o no seu meio e assim que o barco chegou, ele foi junto para participar da exploração do continente não reconhecido por Colombo. Na volta à Espanha, narrou suas aventuras ao rei Fernando, falsificando datas, atestando que as terras novas eram um continente. O rei reuniu-se com países como França, Portugal, Holanda e Bretanha para dar as boas novas continentais. Em comum acordo, avisaram o Papa sobre a descoberta e o nome abençoado pelo sumo pontífice para o novo mundo foi por “merecimento” América. Vespúcio ganhou no tapetão! (Colombo estava debilitado, doente terminal).
LUSITANO
Um português fez um curso de paraquedismo. O instrutor lhe disse que ao saltar veria duas cordinhas, uma azul e outra vermelha. Se a primeira falhasse ao abrir o paraquedas, a segunda abriria e, ao chegar no chão, encontraria uma caminhonete. No dia do salto, o portuga tentou a cordinha azul. O paraquedas não abriu e ele puxou a vermelha, que também não abriu. Olhou para baixo e disse: “Ó pá, ainda bem que a caminhonete está lá”.