Semana 95

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aranhaAssim como relatei na semana passada, eu estava vivendo um sonho aqui na Colômbia. As pessoas que eu mais amo nesse mundo vieram me visitar. Mas todo sonho termina, e tivemos que nos despedir. A despedida foi mais tranquila, sem choradeira, o coração estava leve de tão cheio. Sai do aeroporto caminhando e fui pra praia, digerir tudo o que havia acontecido naquela semana. Enquanto eu olhava pro verde mar, o avião passou por cima de mim e desapareceu no horizonte. Abanei as mãos pra eles e continuei ali, agradecendo. É claro que não foi tudo tão seco, algumas lágrimas escorreram naquele momento… eu estava em transe, em paz, com o coração carregado novamente.
Quem faltou nessa história toda foi o meu pai, que não pode ir devido aos contratempos dessa vida. Gostaria de tê-lo ao meu lado por lá também, mas tudo bem, aguentaremos mais um pouquinho. Faltam poucos meses pra voltar pra casa, e o reencontro será igualmente especial, não vejo a hora. De qualquer forma, ele estava lá com a gente em pensamento…
Voltei pra Bogotá e segui pra minha ¨missão reencontros¨. Como havia dito, logo que saí da Colômbia pela primeira vez, eu coloquei na cabeça que voltaria para visitar alguns amigos queridos, então eu cheguei na capital, coloquei a mochila nas costas e sai, mochilando pelo país, tocando campainhas e matando saudades.
O primeiro foi o José, de Cali. Ele não avisou sua esposa nem o seu filho que eu iria, e quando eu cheguei, foi muito legal. O pequeno Juancito, seu filho de 5 anos, quando me viu, gritou meu nome e veio correndo pros meus braços. Eu não pude acreditar que ele se lembrava do meu nome, e muito menos que me receberia com tanta alegria….¨Roberto, você vai ficar?¨. Além dele, sua esposa Lucelly também se assustou. Depois da cerimônia de recepção, fomos jantar. A visita foi rápida, só uma janta e logo me despedi. Segui então para a Armênia, pra rever minhas queridas, Mônica e sua mãe, Dona Marta. Cheguei de noite, toquei a campainha e nada, tudo apagado. Conversei com o vizinho pra saber se elas ainda moravam por lá e ele me disse que sim, e que por sinal, ele havia acabado de encontrá-las na rua, voltando pra casa. Fiquei ali quietinho, me escondendo da chuva e esperando elas chegarem. Logo elas apareceram lá longe, naquela ruazinha calma, as duas abraçadas dividindo o guarda-chuva.
Quando elas estavam chegando, eu simplesmente continue olhando, e quando elas se deram conta do que estava acontecendo, a reação foi muito linda. Em voz baixa, com a mão na frente da boca, Mônica dizia, espantada:
– Eu não posso acreditar. Que que ta acontecendo? Eu não to acreditando.
Dona Marta também se espantou, as duas abriram os braços e eu fui pro abraço. E foi assim que nos abraçamos, os três juntos, na chuva, no meio da rua. Passei uma noite com elas, me sentindo acolhido, feliz demais por estar ali de novo. No dia seguinte acordei e segui meu rumo, deixando pra trás lembranças maravilhosas e muito amor no coração.
Voltei pra Bogotá, passei mais um par de dias com Andrés e peguei mais um ônibus, pra Villa de Leyva, uma das vilazinhas que mais me encantou em todo o país. E além do lugar, voltei pela companhia da minha grande amiga Natália, que me recebeu outra vez, e que agora me apresentaria também pra sua meiga mãe, Consuelo, uma artista plástica com um olhar tão puro quanto os traços que ela coloca em seus quadros. Dessa vez pude entender de onde vem o encanto e a pureza das irmãs Natalia e Maria Rocio. Muito obrigado mulheres lindas, vocês são especiais demais. Obrigado Consuelo pelo quadro que me destes e pelas filhas que colocastes no mundo.
Segui então pra outro lugar de grandes lembranças, San Gil, onde deixei pra trás um grande grupo de amigos queridos. Esqueci um pouco do tempo e passei bonitos 10 dias com eles, os quais foram muito importantes pra mim, em todos os sentidos. Estar com eles é praticamente como ir a um retiro espiritual. Pessoas que trabalham pela paz interior e exterior, que todos os dias cozinham juntos e juntos agradecem pelo alimento, as vezes de mãos dadas, coisa mais linda.
Dias de muita paz, leitura, comida boa, rios, cachoeiras e pessoas maravilhosas ao meu lado, o tempo inteiro. E em meio a tanta paz e oração, numa bela noite, eu e uma pessoa muito querida, a Mileninha, subimos no mirante da cidade, aos pés de uma cruz iluminada, para fazer a nossa oração. Oramos juntos pela paz, à nossa e à de todo o mundo.

 

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