LUSITÂNIA
O Brasil não foi descoberto, nem achado, foi inventado. Portugal tinha suas colônias rentáveis na África, Ásia e ilhas no atlântico, porque eram territórios pequenos que não despertavam a cobiça dos holandeses, franceses e ingleses, não havendo necessidade por parte dos lusos de protegê-los contra invasores. Quiseram fazer do Brasil uma colônia no mesmo estilo, ou seja, uma fonte de renda para manter a metrópole em evidência na Europa, afinal, foi Portugal o primeiro país na Europa a se tornar um Estado moderno, mesmo sendo monárquico. Como o Brasil tinha território continental, a Europa inteira se interessava em se apossar das terras sul americanas, a Espanha era a mais interessada. No século 16, ministros portugueses sugeriram à coroa que mudasse o nome da colônia brasileira para Lusitânia, o que caracterizava a posse lusa nas terras do Novo Mundo, uma identificação positiva diante do Papa, que mandava muito em Portugal, país que depois da Espanha era o mais católico do continente europeu.
Lusitânia foi voto vencido e o Brasil continuou com o nome definitivo, tendo Portugal que investir pesado na segurança da colônia, o que consumia parte das rendas obtidas com o pau-brasil e com a mineração. Mesmo assim o Brasil dava lucro para seus donos, como até hoje acontece, que mesmo Portugal não levando mais nada das nossas riquezas, a metade da Europa, o norte da América e a Ásia leva muito. Caminha estava certo ao escrever para el-rei que aqui em se plantando dá, mas para os outros que não plantam mas colhem o que plantamos.
PLEITO
As eleições de 2018 acabaram, esperamos a de 2020, quando acontecerá a troca de governo municipal, que sempre é a mais acirrada, principalmente nos municípios mais politizados, alguns não são e com ou sem eleição continuam na mesma.
A eleição dita municipal historicamente é pontuada de quebra de regras eleitorais, como panfletagem, propaganda indevida, compra e venda de voto, boca de urna e coisitas mais.
Quem compra voto é um idiota e quem vende é duas vezes idiota. O cara vende o voto prometendo votar em quem pagou e não vota porque a votação é secreta. Um paga, outro recebe, e nada muda!
TOGA
Não se sabe no que baseia o cidadão brasileiro para fazer julgamento sobre o que ele desconhece o conteúdo. Um exemplo clássico é a crítica da sociedade brasileira sobre o salário do juiz. Todos acham um absurdo um juiz receber 30 mil ou mais por mês, inclusive já quem compare com o salário mínimo que não chega a mil reais. Surge a tese: um juiz recebe 30 salários/mês, tem auxílio moradia, transporte gratuito e outros benefícios, sendo segurança um deles.
O salário talvez seja suficiente; porém, não é muito, porque assim que se forma advogado o bacharel procura realizar um concurso público para ingressar na magistratura, porque gosta da carreira ou porque o salário é atraente. Se o juiz passar a ter salário baixo os advogados perderão o interesse pela carreira e o país sofrerá uma crise de profissionais, tornando o judiciário com déficit de juízes. A competência não tem preço.
ROCHEDO
Monte Alto está sobre um enorme rochedo, oxalá municipalmente falando a cidade fosse tão sólida quanto. Quanto ao rochedo, em sua longa extensão, foi objeto de estudos geológicos, até para a prospecção de petróleo (Lembrem-se da Paulipetro). Algumas sondas foram usadas por geólogos das universidades paulistas, lá pelo final da década de 70. Não acharam nada, a não ser algumas fontes de água subterrâneas; como água não era o objetivo, as perfurações foram lacradas e tudo foi para o esquecimento. Tudo foi feito na base do sigilo e quando o assunto vem à tona ninguém era prefeito ou vereador na época.
Quanto à municipalização da cidade, para que isso aconteça é necessário a menor dependência possível do Estado e da União. Ou os municípios são autônomos ou são “colonizados” pela política alheia.
PEDRA BRUTA
As rochas que formam a serra em Monte Alto, devido à formação bifurcada fazem contornos criando cânions e saliências, o que provoca um sistema de eco bastante diferente do modelo geológico clássico.
No tempo de moleque a gente visitava o alto da serra para brincar de eco. Era coisa de quem não tinha o que fazer. O grito era: eco! Lá de baixo voltava a resposta: eco… eco.. eco – até sumir!
Era normal também outros gritos fora do eco, aqui não dá para publicar os xingamentos, que tinham resposta no eco. Era comum a gente xingar alguém e ficar esperando a resposta. Parece coisa de idiota, mas era divertido!
CRATOS
Enquanto as ditas democracias no mundo adotarem o capitalismo sem regras, nunca teremos Estados democráticos autênticos. Os governos democratas, assim chamados, porque são eleitos pelo voto popular, são reféns do capitalismo internacional que chamam agiotas de investidores.
Esses agiotas impõem taxas de juros, prazos de aplicação e ameaçam retirar o dinheiro quando suas regras não são cumpridas. Trata-se de uma escravidão monetária, que o povo aceita e exige obediência do país, temendo uma intervenção capitalista, ou seja, que o agiota tome o país como garantia.
CÂMBIO
Creio que o errado sou eu, não a mídia nacional. Acredito que o dólar não sobe nem abaixa, quem faz isso é o real e outras moedas. Quando ligo a TV, confesso a mim mesmo: sou burro! As notícias dizem que o dólar subiu. Ou caiu. Há também a tese de manteve.