O Brasil e seu Momento Politico
A gente, que já viveu algumas dezenas de anos e graças a Deus tivemos o privilégio de ter visto, como se diz na gíria popular, “muita água passar em baixo da ponte”.
A grande imprensa vive alarmando que o Brasil está em “guerra”, dividido, como se isso nunca tivesse ocorrido. Ao contrário, o que existe são mudanças de hábitos e transformações graças às redes sociais.
Quem começou a dar exemplo disso foi o presidente dos Estados Unidos, o Trump, que ignorou a grande imprensa por divergência e passou a se comunicar com a população através do twiter. E o que aconteceu? Inverteu o processo. Ao invés de procurar a grande imprensa, os principais meios de comunicação é que tiveram que ler diariamente o que ele manifestava para poder ter acesso a notícias e torná-las públicas, e assim, preencher os seus editoriais.
O Brasil e seu momento político II
Hoje, a Guerra na política se resume em divergências dos grupos sociais longe do faroeste de outrora. Existe um caso aqui, outro ali, com exceção do atentado contra o candidato Jair Bolsonaro, que foi um caso gravíssimo; diria sem dúvida, que foi um atentado covarde contra a própria democracia, daqueles que não aceitam as divergências, nem a liberdade de escolha do povo. Houve tempos que tudo era resolvido na bala e na faca. Eu mesmo tive no nordeste uma parte da minha família dizimada por divergências políticas.
Meu Xodó
De tanto ver a polícia rodoviária sempre presente nos trevos e na área urbana de Monte Alto, e que, diga-se de passagem, é muito importante para população, um munícipe disparou: ”Pô, estes caras tão todo dia aqui, será que não tem outras cidades para eles irem?”.
Eu respondi: calma, amigo. Você deveria estar feliz, afinal de contas, quem não deve não teme; se a polícia esta fiscalizando, está trazendo tranquilidade e segurança para a população. Tu deveria ficar feliz. Ele respondeu: “É, mas que eles não saem de Monte Alto, não saem”.
NO FORNO
Está na câmara o projeto do Executivo para criar duas secretarias e levar para concurso vários cargos ocupados hoje como cargos de confiança. Segundo o Prefeito, é exigência da lei e tem que ser cumprida. Deverão ser extintos todos os cargos que não sejam de diretor e secretaria, porém, deverá haver um remanejamento interno onde 25% dos cargos que serão concursados deverão ser ocupados por funcionários de carreira. Vamos aguardar… Mais detalhes na próxima coluna.
A política é complicada, porém necessária
Brasileiros, de modo geral, não sabem distinguir a função do Poder Legislativo do Executivo. Senão, vejamos começando pelo município.
A função de um vereador é legislar, fiscalizar e obviamente tentar junto às suas lideranças políticas, exemplo deputados e senadores, recursos para o município. Só que os edis muitas vezes e quase sempre são solicitados pela população para fazer coisas que não são de sua função, quero citar alguns casos corriqueiros: pagar conta de luz, água, ser avalista de imóveis, resolver problema do executivo como pedido de funcionários, que muitas vezes são assuntos estritamente pertencentes à Administração, ao serviço social do município, e obviamente, ao Executivo.
Marcas do que se foi…Seringueira Velha
Anos atrás escrevi nesta coluna sobre a história da seringueira que existia lá na vila ou colônia do Cestari, como era conhecida.
Quando entrevistei o Durval Maida, me lembro que, na sua narrativa, ele contou com emoção que quando criança, acompanhou a sua plantação. Citou seu pai, irmãos e um senhor chamado Dito.
A seringueira ficava ao lado de onde hoje é o começo do viaduto que conduz ao bairro Jardim Bela Vista, entre outros, só para especificar melhor para os mais jovens.
Até a primavera passada, estação das flores, a seringueira existiu. Hoje, não mais!
Surpresa nenhuma, já que os poderes públicos de Monte Alto, sem exceção, nunca se preocuparam com a preservação de sua história.
Lembro-me das batalhas que tive quando exerci a função de vereador. Lutei na época para a formação de uma comissão de tombamento histórico Municipal. Escrevi também nesta coluna sendo um pregador no deserto. Ainda bem que Deus iluminou o atual prefeito João Paulo, o qual, quando vereador, elaborou um Projeto de Lei fazendo o tombamento das jaqueiras da praça, pois caso contrário, as mesmas já não existiriam, pois na época existia um movimento para derrubá-las com a desculpa de que andorinhas pousavam nelas e causavam sujeira na praça. Chegaram até a soltar fogos de artifício para que os pássaros ali não fizessem seus ninhos.
A Escola Dr. Raul da Rocha Medeiros é o único Patrimônio Histórico tombado, porém, quero deixar bem claro que foi pelo Governo do Estado.
Da velha seringueira ficou só a lembrança e as narrativas da saudade que se foi.
Ao longo destes mais de cinquenta anos, houve muitas narrativas, tais como: “eu te encontro na seringueira”; “tal hora na seringueira”; outras “meu amor, não esqueça, lá na seringueira como sempre”, outras mais românticas em forma de segredo:” “o mesmo horário querida, no mesmo lugar”.
Dia destes, lá passava e aproveitei para tirar uma foto de sua triste partida, momento em que estava sendo derrubada. Preferi, sem polêmica, deixar um verso em homenagem à seringueira que se foi:
Seringueira, fostes embora
talvez em nome do progresso,
deixando na tua história
inesquecíveis encontros de sucesso
que ficaram no segredo da tua sombra
onde muitos tiveram acesso.