É hora de deixar para trás o que passou. O passado é importante e faz parte de quem somos. E cada fase da vida tem suas conquistas, fracassos, ganhos e perdas que farão parte de nossa história para sempre.
Mas, em alguns momentos, a vida pede que se deixe para trás lembranças, comportamentos e velhas rotinas para abrir passagem para a renovação e para o crescimento.
Muitas vezes, é difícil esquecer histórias mal terminadas, amores passados, investimentos que não deram certo, mágoas, ressentimentos e feridas não cicatrizadas. E é muito difícil, também, desapegar das coisas boas, mas que já foram embora e pertencem a outro momento de nossas vidas.
E entender o apego é importante para entender porque esquecer é tão difícil. Conhecemos o apego quando nascemos e estabelecemos um vínculo de dependência com a figura materna. Neste primeiro momento, o apego significa segurança e sobrevivência, pois não há outra forma de um bebê sobreviver sem a ajuda de um adulto.
A partir desta formação do apego na infância, desenvolvemos vários outros tipos de apego, que são também influenciados pela personalidade e temperamento de cada um. E aí podemos nos apegar e desapegar a várias situações ou pessoas e em várias fases de nossas vidas.
E como o apego está ligado diretamente à sensação de segurança, conforto e comodidade, temos dificuldade de enfrentar situações diferentes daquelas que estamos acostumados, por temer o desconhecido.
Para algumas pessoas é mais fácil e mais rápido seguir em frente enquanto para outras deixar os acontecimentos de ontem no tempo em que eles deveriam estar é mais complicado e mais sofrido.
Conhecer e deixar partir, gostar e perder, apegar e desapegar são ciclos contínuos inerentes à natureza humana. Quando as vivências do passado passam a ser um tormento no presente e comprometem nosso futuro é hora de entender que o que passou não pode ser mudado e também não irá voltar da forma como já foi.
Entender este ciclo e aceitá-lo é enfrentar a vida. É melhor seguir em frente acompanhando o tempo do que caminhar para trás contra ele. Viva o momento presente!