Por toda vida procuramos e almejamos coisas. Em cada fase traçamos objetivos e a forma de alcançá-los e são estes planos traçados que nos impulsionam a seguir em frente.
Para cada idade, sua fase e seus sonhos. E assim vamos completando os ciclos da vida. Alguns dias bons e felizes, outros mais cansativos e sobrecarregados. E o tempo vai passando, uma semana se estende à outra, de um mês passamos ao outro e assim também acontece com os anos.
E por todo o tempo procuramos a felicidade. A felicidade através da realização dos desejos, da concretização dos sonhos, da busca contínua por alguma coisa. E porque será, então, que tantas pessoas estão insatisfeitas, porque tantas pessoas não se sentem felizes, se dizem deprimidas e angustiadas?
Será que nosso conceito de felicidade está errado? Será que felicidade é a ausência completa de problemas, de angústias, de tristeza e de frustrações? Ou será que tudo isto faz parte justamente da construção dos momentos felizes? A felicidade pode durar um minuto, uma hora, um dia ou um mês e voltar novamente dali a alguns minutos, alguns dias ou alguns meses, justamente porque ela é feita de pequenos momentos, que tantas vezes não valorizamos ou não prestamos atenção.
Por que procuramos projetos ou dias grandiosos para sermos felizes se tantas coisas são mais simples e mais fáceis e trazem tanta felicidade, ou mais, do que grandes conquistas? Quem não consegue ver a felicidade no sorriso dos pais ao encontrar os filhos correndo ao seu encontro após um período de ausência? Quem não consegue sentir a felicidade ao encontrar seu companheiro de vida após um dia exaustivo de trabalho e achar o conforto em um abraço apertado e um beijo de boas-vindas?
Talvez, por esperarmos o pacote completo da felicidade ser entregue na porta de nossas casas é que deixamos passar tantos momentos importantes. Parece que estamos olhando para o lado errado e nos tornando pessoas eternamente insatisfeitas por nunca alcançar a totalidade da realização pessoal e profissional esquecendo, assim, que através dos problemas e das derrotas também se constroem as vitórias.
Apegamo-nos ao passado, programamos o futuro e não vivemos o presente. Não aproveitamos, não enxergamos nem ouvimos o que tem a nossa volta, não percebemos o que fazemos porque não estamos aqui. Estamos lá atrás, ou lá na frente: lá atrás, aonde já não podemos mudar nada e lá na frente, onde não sabemos o que acontecerá. Viva o presente! Seja feliz agora, com o que você é com o que você tem e o sentido da sua vida irá mudar.