7 de setembro: identidade e história

Uso da Bandeira Nacional, do Hino Nacional, do Brasão da República e do Selo Nacional é regulado por lei

 

O dia 7 de setembro de 1822 é anualmente comemorado como a data em que o Brasil estabeleceu o fim de seus laços coloniais com Portugal. Para marcar esta data, O Imparcial traz um especial sobre os hinos que exaltam alguns dos principais momentos da história e três símbolos nacionais que representam toda uma nação. Confira!
HINO DA INDEPENDÊNCIA – Escrita por Evaristo da Veiga em 16 de agosto de 1822, a canção recebeu o nome de Hino Constitucional Brasiliense e tinha melodia do maestro lusitano Marcos Portugal. Após 7 de setembro, no entanto, adotou-se outra, criada por Dom Pedro I. Um novo nome também foi adotado, e assim surgiu o Hino da Independência. A canção foi esquecida aos poucos, em especial após Dom Pedro I abdicar do trono, em 1831. Foi só no século seguinte, na chamada Era Vargas, que a composição foi resgatada por uma comissão criada com o objetivo de estabelecer os hinos brasileiros. A versão de Dom Pedro I foi escolhida como o Hino da Independência oficial, por ser mais simples que a do maestro Marcos Portugal.
HINO NACIONAL – Oficializado em 1922, no primeiro centenário da Independência, a composição musical do hino surgiu mais de 30 anos antes: o maestro Francisco Manuel da Silva, responsável pela obra, criou a melodia em 1890. Neste meio tempo, não havia um consenso de qual era a letra oficial. Então, o hino era cantado com diferentes letras, até a adoção definitiva daquela cantada até hoje, escrita por Osório Duque Estrada. O hino nacional conta a história da proclamação da independência, exalta as belezas naturais do País, a força e a coragem do povo brasileiro.
BANDEIRA NACIONAL – Inspirada e com muitas semelhanças com a bandeira símbolo do Brasil Império, a Bandeira Nacional, criada em 1889, é tão antiga quanto a própria República. O desenho antigo, de autoria do francês Jean-Baptiste Debret, foi substituído por aquele que conhecemos atualmente, projetado por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos; e com desenho de Décio Vilares. Além do verde e amarelo herdado da bandeira antiga, foi acrescentada uma esfera celeste azul, com 27 estrelas que correspondem ao aspecto do céu no Rio de Janeiro às 20h30 de 15 de novembro de 1889 (local e data da proclamação da República) e representam o Distrito Federal e os 26 estados. A estrela solitária sobre a faixa branca de “Ordem e Progresso” representa o estado do Pará, que ficava mais ao norte quando a bandeira foi criada (Amapá e Roraima só surgiram depois).
BRASÃO DA REPÚBLICA – Em qualquer prédio da administração pública, seja na esfera federal, estadual ou municipal, o cidadão encontra a figura do Brasão de Armas do Brasil. De uso do brasão obrigatório pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e pelas Forças Armadas, também é encontrado nos quartéis militares e policiais. Criado no governo do Marechal Deodoro da Fonseca, primeiro presidente do Brasil, e desenhado pelo engenheiro Artur Zauer, o escudo azul-celeste é apoiado sobre uma estrela de cinco pontas, disposta na forma da constelação Cruzeiro do Sul, com uma espada em riste. Ao redor, há uma coroa formada por um ramo de café frutificado e um ramo de fumo florido, sobre um resplendor de ouro. Duas faixas trazem as inscrições: República Federativa do Brasil; e 15 de novembro de 1889 (data da proclamação da República).
SELO NACIONAL – Baseado na esfera da bandeira nacional, o Selo Nacional do Brasil possui um círculo com os dizeres “República Federativa do Brasil”. É usado para autenticar os atos de governo, os diplomas e certificados expedidos por escolas oficiais ou reconhecidas.

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