Neste sábado, dia 8, comemora-se o Dia Mundial da Alfabetização. Para marcar a data, O Imparcial conversou com a Secretária Municipal de Educação, Sueli Amantéa, que abordou pontos relevantes sobre o ensino na cidade. “A alfabetização é muito importante na vida das pessoas e vai muito além de ser simplesmente o processo de aprender a ler e a escrever: ela nos ajuda a ampliar nossa visão de mundo, além de possibilitar a atuação na sociedade de forma consciente”, ressalta a educadora. Confira, abaixo, a entrevista exclusiva.
Jornal O Imparcial: Como está a questão da alfabetização em Monte Alto?
Sueli Amantéa: A meta em Monte Alto é alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º ano do ensino fundamental. As estratégias para alcançar essa meta são inúmeras e entre elas destacamos: estruturar os processos pedagógicos de alfabetização nos anos iniciais do Ensino Fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas na pré-escola, com valorização através da qualificação dos professores alfabetizadores, em parceria com os entes federados, com apoio pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização plena de todas as crianças; participar das avaliações nacionais e instituir instrumentos de avaliação municipal periódicos e específicos para aferir a alfabetização das crianças, aplicados a cada ano, bem como orientar e estimular as escolas a criarem e aplicarem os respectivos instrumentos de avaliação e monitoramento, implementando medidas pedagógicas para alfabetizar todos os alunos até o final do terceiro ano do ensino fundamental; contribuir com o desenvolvimento de tecnologias educacionais e de práticas pedagógicas inovadoras, em parceria com os entes federados, que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos alunos, consideradas as diversas abordagens metodológicas do âmbito municipal e sua efetividade; promover através de parcerias e estimular a formação inicial e continuada de professores para a alfabetização de crianças, com o conhecimento de novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras, estimulando a articulação entre programas de pós-graduação e ações de formação continuada de professores para a alfabetização; garantir através do apoio de entes federados, a alfabetização das pessoas com deficiência, considerando as suas especificidades, inclusive a alfabetização bilíngue de pessoas surdas.
Jornal O Imparcial: Quais os números do município nessa área?
Sueli Amantéa: A realidade das escolas municipais segundo IDEB 2017 (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) nos anos iniciais, ciclo onde está inserido o processo de alfabetização, é de boa qualidade de ensino, pois o município passou da meta que era 6.1 e atingiu 6.6, previsto apenas para 2021. O IDEB é o principal indicador da qualidade da educação básica no Brasil. Diante do resultado obtido, a secretaria municipal de educação tem como foco manter a situação de crescimento da aprendizagem para garantir mais alunos aprendendo e com um fluxo escolar adequado. Para isso, cumpre com as diretrizes pedagógicas para a Educação Básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos para cada ano do Ensino Fundamental, respeitando a diversidade regional, estadual e local; executa processo contínuo de autoavaliação das escolas de Educação Básica, por meio da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a formação continuada dos profissionais da educação e o aprimoramento da gestão democrática; estabelece parcerias com entes federados, e aprofunda ações de atendimento ao aluno, em todas as etapas da Educação Básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
Jornal O Imparcial: Em sua opinião, qual o significado de uma população alfabetizada?
Sueli Amantéa: Uma população alfabetizada e letrada apresenta melhores índices de desenvolvimento humano. Isso porque, ao entrarmos em contato com o conhecimento, temos aumentadas as chances de conseguirmos um emprego melhor e, por consequência, melhores salários. Alfabetizar a população pode alterar os rumos de um país e, focados nesse objetivo, nosso município têm assumido o compromisso de ajudar a combater o analfabetismo.
Jornal O Imparcial: Existem crianças fora da escola no Município?
Sueli Amantéa: Atendemos toda a demanda manifestada; não temos conhecimento de crianças fora da escola e, se existe, não é do nosso conhecimento.
Jornal O Imparcial: Existem projetos para analfabetos de demais idades?
Sueli Amantéa: A Secretaria da Educação é responsável pela educação básica, já tivemos EJA no município, mas já faz alguns anos que não temos procura por esse serviço.
Jornal O Imparcial: Como Secretária municipal, como você vê a Educação, no geral, em Monte Alto?
Sueli Amantéa: Tenho muito orgulho em fazer parte do quadro de professores efetivos da Rede Municipal de Ensino de Monte Alto, pois a educação municipal tem uma trajetória histórica bastante séria. Nossa rede tem um desempenho muito positivo e respeitado, conforme pode ser observado nos índices oficiais. Minha especialidade como docente é a alfabetização e sei o quanto nos dedicamos a cumprir bem essa nossa obrigação com as crianças montealtenses.