Grupo ELO: um dos expoentes do trabalho voluntário em Monte Alto

Formada em 2011, grupo tem ligação com o Hospital de Amor de Barretos
Voluntários do grupo durante um dos projetos; trabalhos acontecem praticamente durante o ano inteiro

Os voluntários são indivíduos que doam seu tempo para realizar trabalhos sem fins lucrativos, praticando ações que são de interesse social e comunitário, ajudando quem precisa e sendo solidário. No Brasil, seu Dia Nacional foi instituído em 28 de agosto de 1985, por meio da Lei nº. 7.352, sancionada pelo então Presidente da República, José Sarney.
Em 2018, para marcar a data, o presidente Michel Temer lançou a Plataforma Digital do Voluntariado, que vai fazer a ligação entre as instituições que precisam de voluntários e o cidadão que quer desenvolver tais atividades. Também serão oferecidos cursos para voluntários e organizações.
Já em Monte Alto, para marcar este 28 de agosto, O Imparcial conversou com Marli Mussato, uma das representantes e idealizadores do Grupo ELO, que desempenha tal atividade no município. Foi o ELO, mas como também poderia ser a AVCC, Rotary, Lions, Irmãos Samaritanos, Vicentinos, dentre muitos outros que fazem, e bem, esse papel junto à sociedade.

O Imparcial: Como e porquê surgiu o grupo? Quem teve a ideia?
Marli Mussato: Em julho de 2011, a Luciana Afonso de André, Cacilda Donegá e eu, fomos convidados pela Silmara Morita, para fazer uma visita à Casa do Vovô Antônio, em Barretos, local em que organizava festinhas para os seus visitantes. A partir desta data começamos a ter interesse pela Casa, promovendo em outubro de 2011 a primeira festa do Dia das Crianças, ocasião em que arrecadamos muitos brinquedos, porém, precisávamos de parceiros e fomos pedindo ajuda a colegas e amigos. E assim o grupo nasceu, com aproximadamente oito pessoas, de forma ‘improvisada’.

O Imparcial: Quantas pessoas fazem parte hoje? Quem são elas?
Marli Mussato: O nosso grupo cresceu ao longo dos anos. Fazemos parte eu, Luciana Afonso de André, Maristela Rossetti Sambini, Cacilda Donegá, Paula Marcelo, Cacilda Raymundo, Camila Roa, Bel Calió, Elisangela Campoi, Fabiana Santanna, Jane Salla, Rosana Coghi, Silmara Faria, Sueli Cecheto, Fernanda Pereira e as crianças Marcos Campoi, Guilherme Fantini e Pedro Sambini.

O Imparcial: Quais projetos já foram realizados até o momento?
Marli Mussato: Foram vários; nosso grupo é grande parceiro da Caminhada “Passos que Salvam”, da festa em prol ao Hospital do Amor, da Campanha do Lacre, Bazar do Amor, sempre em parceria com o coordenador local do Hospital, Roberval de Oliveira. Agora, estamos empenhadas na Campanha de Medula Óssea, que chega à terceira etapa em 8 de setembro.

O Imparcial: Vocês têm apoio de alguém ou alguma empresa?
Marli Mussato: Temos apoio da população de Monte Alto, de profissionais nos nossos eventos, das duplas sertanejas e de pessoas que nos procuram para fazer doação. Graças a Deus temos credibilidade e toda campanha que lançamos é sucesso!

O Imparcial: Quais os próximos projetos que irão acontecer?
Marli Mussato: Nossos compromissos se estendem por todo o ano. Começamos em fevereiro, com um evento para arrecadarmos fundos para nossas comemorações; celebramos a Páscoa com as crianças em tratamento na Casa do Vovô Antônio e demais crianças em alojamentos próximos que fazem tratamento no Hospital de Amor. Em março, assumimos uma barraca de comida na festa em prol ao hospital; em maio, comemoramos o Dia das Mães no hospital São Judas; junho é a vez da Festa Junina com as crianças; em agosto, o Dia dos Pais, novamente no Hospital São Judas; em outubro, o Dia das Crianças na Casa Vovô Antônio e, para encerrar o ano, a festa de Natal, em Dezembro, no São Judas.

O Imparcial: Até onde vocês esperam chegar? Qual é a satisfação pessoal de fazer parte de um grupo como esse?
Marli Mussato: Pretendemos cada vez mais ampliar nossos eventos; nosso sonho é ter disponibilidade financeira para atendermos todos que nos procuram, porque ao longo destes anos, pudemos fazer muito pouco, mas para nós, o pouco que fazemos, nos faz bem. Voltamos de cada visita, que realizamos mensalmente, e de cada evento que promovemos, com uma sensação de dever cumprido. É até difícil de explicar o carinho que recebemos daquelas pessoas; o abraço, o beijo daquelas crianças que esperam por nós, e a tristeza daquelas que vão embora…. nos apegamos sempre! Como ouvimos muitas vezes dos pacientes ‘obrigado por vocês existirem’, então só temos que agradecer a este grupo de voluntários. Glória a Deus! Isso não tem dinheiro que pague. Satisfação em levar amor, afinal foi isso que Jesus nos ensinou!

 

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