PLEITO
Os especialistas eleitorais afirmam que as eleições de outubro próximo serão decididas com base nas plataformas sociais. Infelizmente será! As mensagens dos candidatos terão conteúdo populista, que tanto agrada os brasileiros. Os demagogos terão na internete seu picadeiro ideal. As mentiras serão o prato principal com a marmelada de sobremesa. As principais vítimas dessa pseudopolitização serão os jovens, que acreditam em tudo que se registra nas plataformas sociais como se o veículo em si fosse a caminho da verdade. Será comum às vésperas da eleição as mensagens entre os eleitores jovens ou de primeira viagem do tipo: vamos fechar com o candidato tal!
Na última eleição presidencial quase aconteceu um empate, guardadas as proporções, ou seja, entre dois piores elegeu-se o pior, que até sofreu “impeachment”. Fator importante será a renovação do Congresso Nacional, que deveria ser no mínimo de 70% – uma utopia – porque não acontecerá. Os deputados serão os mesmos e o senado também. O sistema eleitoral do Brasil tem falhas de toda ordem, o ideal seria um pleito a cada quatro anos para todos os cargos. O de dois em dois anos foi adotado para que o povo não se “esquecesse” da política eleitoral, afinal, para as oligarquias dos país convém manter, os eleitores devem ser mantidos no cabresto, presos no curral não é o bastante. Reparem no nome do documento que habilita o cidadão a votar: Título. Não é um certificado eleitoral, título cheira a provisório e a concessão de favor. Também a liberdade democrática é observada, há a obrigação de comparecer às urnas. Votar não é preciso, a precisão é chegar no local e marcar presença. Os antigos reis, quando percebiam algum descontentamento de um setor da plebe ou alguém com ideais contrários à Sua Majestade, concediam um título de nobreza ou um que desse livre acesso à corte – era o de cavaleiro. Era um Título que podia ser cassado – fosse república, seria de eleitor.
VÍRGULA
Fala-se tanto em livros digitais, cujas edições estão crescendo no Brasil, até com a volta dos clássicos, que a título de curiosidade temos observado nos leitores digitais nas salas de espera, nas filas e nos ônibus – eles simplesmente não existem, mesmo que raros a gente vê pessoas lendo o velho livro de papel. Pode ser que os leitores digitais estejam lendo em casa ou na cabeceira. Caso essa “avis rara” seja vista, convém perguntar se ela leu digitalmente Os Sertões (Euclides da Cunha) e Casa grande & Senzala (Gilberto Freire). Se a resposta for negativa, digitalmente ou papel, falta Brasil nesse leitor!
FAKE NEWS
O anúncio que a internete transmite notícias falsas, foi a descoberta da roda e da pólvora juntas. Desde a existência do mais antigo meio de informação, a notícia falsa existe. Foi encontrada em uma praia do Pacífico no início do século XX, uma garrada flutuando tendo dentro uma informação sobre um fato que nunca foi registrado.
Na América do Norte, os nativos se comunicavam com sinais de fumaça, quando os pioneiros descobriram o que significavam, viram que alguns eram falsos. Comunicavam a chegada de brancos que sequer existiam – era pra assustar outras tribos.
CELESTE
Deus deve gostar muito dos pobres – Ele faz tanto deles!
VESPER
O vocabulário véspera tem origem na estrela vesper, que aparece à tarde na Via Lactea. As antigas sessões de cinema à tarde eram chamadas erradamente de matinê, fossem de manhã estaria certo, em inglês matinee, em português matinal. O provérbio quem morre de véspera é o peru, não tem nada com o Natal cristão, é de origem norte-americana e diz respeito ao dia anterior da Ação de Graças, quando o peru é morto para ser assado no dia seguinte. O Dia de Ação de Graças é sempre na última quinta-feira do mês de novembro, o peru é degolado na quarta. O peru lá não é igual o nosso, no Brasil, é selvagem, caçado apenas para certas datas.
FRASE
“Jesus é o caminho – eu sou o pedágio”. (Pensamento de alguns líderes religiosos mundiais).
HIPER
Zimbaube é um país africano recordista mundial de todos os tempos em índices inflacionários. Em 2014 a inflação do país chegou a 231.000.000% (Duzentos e trinta e um milhão por cento). A cada semana os preços dobravam. Na época foi emitida uma nota valendo 100 trilhões de dólares zimbabuanos.
CINEMASCOPE
Na época de ouro do cinema, dominado pelas produções dos EUA, que usavam as telas para propaganda vendendo a imagem do país pelo mundo. Os estúdios faturavam rios de dólares, ainda recebiam ajuda governamental para a divulgação dos governos, como exemplo de liberdade e democracia. Em todos os filmes os heróis eram norte-americanos, os bandidos eram mexicanos e japoneses, italianos e alemães eram sempre traidores, violentos e mafiosos (Devido à segunda guerra).
Em Monte Alto havia dois cinemas, São Jorge e Guarany, que exibiam os filmes na semana de lançamento. A censura existia em três níveis, livre, proibido para menores de 18 anos e impróprio para menores de 18. O proibido era vetado para valer, o impróprio não era recomendado, mas era permitida a entrada, desde que o cara tivesse mais de 14 anos.