Montealtense Maicon A’kinn lança o clipe de “Constantine”

Trabalho faz parte do EP “Meridianos”; artista conta um pouco de sua trajetória
Maicon posa para foto no Stúdio Mix, após a gravação do clipe
Com informações de Luiz Felipe Nunes

Maicon A’kinn fez 29 anos na sexta, 23 de março, quando lançou o clipe de “Constantine”, primeira faixa publicada de seu EP “Meridianos”. Como muitos garotos de bairros pobres, começou com a Cultura de Rua, do Hip-Hop, quando era moleque. “Tinha uns 12, 13 anos, tá ligado? Meu primo, o Bboy Gil, que teve o nome conhecido no estado de SP inteiro, ele foi o mentor de tudo o que hoje eu sou. Me ensinou os elementos do Hip-Hop – ele dominava profundamente, só não vi ele sendo DJ. Com ele aprendi muitas linguagens da cultura de rua”.
Aos poucos, mergulhou na cultura Hip-Hop, participando de grupos como o Resgate Premeditado, de RAP Gospel. Após dois anos nessa vereda, Maicon se desprendeu da mensagem religiosa. “Cara, nessa época, as rimas e ideias começaram a se elucidar de uma vez para mim. Foi rápida essa construção social do que sou e faço hoje”.
Frequentando, desde bem jovem, eventos de RAP, ele conheceu o ápice do intercâmbio desses saberes culturais no interior paulista, com grandes shows e momentos de intensa circulação do Hip-Hop – Monte Alto, no final dos anos 90 e início de 2000 foi importante celeiro, recebendo desde nomes de âmbito nacional até grupos da região que marcaram história. “De Monte Alto, o Família HF o Complexo 3L, esses caras da Lagoinha eram foda. Os caras mandavam demais! A gente era moleque e queria ser eles. Eles representavam muito”.
Daquela época, muitos disseram a Maicon que ele podia fazer seu próprio caminho: “o Marquinho Black, o Feijão, gente que influenciou e me deu confiança, dizendo que eu podia fazer o meu som, a minha ideia”. Nesse movimento, Maicon se descobriu. “Até então, achava que a parada toda acontecia em grupos. Mas vendo outras referências, vi que podia desenvolver o meu também”.
Há quatro anos, Maicon foi para São José do Rio Preto. Ali participou de um coletivo, onde desenvolvia suas letras também para integrar o variado e rico repertório do projeto Bamba Bróder, onde ficou cerca de três anos. “Foi muito rico, muito valioso. Os caras ali foram o divisor de águas na minha construção artística. A banda era uma mistura de gêneros monstruosa… passei a ter contato com o samba, com a MPB, aprendi muito”.
EP “MERIDIANOS” – O primeiro trabalho solo de Maicon é o Meridianos, que nasce com a veiculação da música “Constantine”.
“Meridianos…” – Maicon pausa a fala, mede a reflexão, e solta: “para mim é uma parada muito louca. Muito do que escrevo surge da crise existencial – e sei que quem escreve se identifica com isso, entende esse lance. Claro que se você me der um tema, eu construo. Mas a crise existencial move mais a criação e Meridianos foi essa brisa”.
“Pra mim, Meridiano é a extensão de um gesto, de sentido espiritual, sublime. E eu construo esse EP em cima disso. Ele trata de questões subjetivas, de valores que a sociedade parece ter abdicado. Sei lá, sentidos que parece que se atrofiaram na nossa sociedade”.
Maicon segue a linha: “As pessoas são amargas, são frias. A gente também se perde nisso, tá ligado. Muita coisa nos enfurece e a gente acaba se fechando. Por isso, fazer essa autoanálise é importante, é fundamental, sempre que você se perder, se fechar sem essa humanidade”.

Registrando

VIVA A VIDA

Pais e familiares do jovem Arthur Neves se reuniram na noite de ontem, 30, por um motivo muito especial: celebrar

CAMPEÃO

A equipe Família Palestra conquistou o título do Municipal de Futebol 2024 em Monte Alto, logo em sua estreia na

PEDAL FELIZ

Na quinta-feira, 10 de outubro, o Rotary Club de Monte Alto realizou o projeto “Pedal Feliz”, oportunidade em que fez

ENCONTRO DE PALMEIRENSES

Está confirmado para o dia 23 de novembro o 2º Encontro de Palmeirenses de Monte Alto, que será realizado no