Crianças e crianças

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Histórias se sabem através de fatos verídicos, de leituras que se fazem em livros próprios, textos em revistas ou jornais – tudo sobre crianças.
Hoje quero falar deles – o filho pequeno que os pais sonham em ter, os netos que os avós, em todos as circunstâncias, sabem que um dia ou outro eles chegarão.
E isso não é felicidade? Crianças como filhos, netos, sobrinhos, primos, nos trazem alegrias, muitas alegria!
E as surpresas que temos em vê-las nascer, crescer, brincar, fazer estripulias, estudar, viver. Cada uma delas tem seu jeito de ser: boazinhas, calmas, arteiras, fogosas, amáveis, falantes, observadoras, quietas, enfim, sempre crianças. Algumas diferentes, mas todas bem educadas pelos seus pais.
Muitas vezes os avós aí também tem sua parcela de ensinamentos. As diferentes, as que me refiro, são aquelas que não compartilham seus brinquedos com ninguém, são falantes demais e até desobedecem aos mais velhos, principalmente os pais.
Fatos aos nossos olhos fazem-nos desacreditar. Cada família tem os filhos que querem e os educa da maneira que acham ser correta. Mas, ao viverem em sociedade muitas vezes isso acarreta discussões, diálogos mal ditos, xingamentos, discórdia, infelicidade… Nada feito por mal, mas acarretam ações ou atitudes que ninguém gostaria de passar, ver ou ouvir. Pais que não tem vez nem voz.
Assistindo a um programa de TV, uma criança se comportou lindamente enquanto outra foi indelicada com o apresentador quando lhe perguntou:
– Esse microfone é seu? Tira daqui então.
Não só o apresentador como eu também ficamos boquiabertos com a resposta da cantora mirim. Fiquei sem graça comigo mesma.
Há Crianças e há crianças.
Frequento missas, reuniões com famílias e algumas festas com amigos – noto como as crianças são diferentes uma das outras.
A comportada, como já diz o nome, tem limites. Mas há aquela criança que incomoda pelos seus modos travessos. E incomoda muita gente quando se trata da sua presença em sala de aula, numa festa de aniversário e outros eventos.
Mas, me desculpem, caros leitores: uma boa parte das crianças de hoje são mal educadas. Correm, gritam, extrapolam todos os limites. Alguns pais se incomodam com isso, mas outros, nada fazem. Não repreendem, não chamam a atenção. Como classificá-los? São também mal educados? E… isso é normal?
A algazarra aumenta: passam velozmente entre as mesas e cadeiras, trombam com as outras crianças e adultos – o espírito da festa parece se tornar de tristeza e não de alegria. Para levar os filhos os pais devem conversar, limitar seus modos, chamar-lhes a atenção.
Na missa eu vi: a ministra da palavra chamou-lhe a atenção (delicadamente) porque corria entre os brancos, e a menina mostrou-lhe a língua.
Quando éramos crianças meus pais só nos olhavam seriamente, e entendíamos tudo.
Mães que brigam com professores na escola por terem repreendido os alunos, seus filhos. Fazer travessura sem amolar vizinhos, até pode-se aceitar.
Bom tempos aqueles em que as crianças ouviam “sermão” dos pais antes de sair de casa – e não era pecado nenhum. Até dar uma chinelada era louvável, educava de verdade. Hoje, quanta diferença, quanta falta de educação, quanta falta de limites.
Em algumas famílias, pouca educação estamos notando.
O futuro é amanhã! O que faremos?

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