Foi no já longínquo 8 de março de 1958, ou seja, há 60 anos, que o corpo da “Menina Izildinha” chegou a Monte Alto para nunca mais sair. Isso, deve-se a munícipes e políticos locais pois, anos mais tarde, o Comendador Castro Ribeiro, irmão do “Anjo do Senhor”, que morava e trouxe o corpo da irmã para a Cidade Sonho, tentou trasladá-lo para São Paulo. Sem sucesso!
A história de Maria Izilda de Castro Ribeiro, que nasceu em Portugal, na cidade de Póvoa de Lanhoso em 17 de junho de 1897, e faleceu em Guimarães em 24 de maio de 1911, e que durante uma exumação na década de 50 seu corpo estava intacto, assim como suas vestes e as flores que enfeitavam a urna funerária, ganhou a cidade, a região… o mundo.
São inúmeros os relatos de devotos, que conseguiram cura de algum mal ou teve pedidos atendidos pela sua intercessão espalhados de internet. Como também, são inúmeros os relatos nas páginas d’O Imparcial nestes 53 anos de sua fundação. Para marcar estes 60 anos, trazemos uma história relatada na edição nº 1.879, de 21 de junho de 2002.
FÉ – “Izilda Della Vecchia Antônio casou-se em 1997 e, após dois anos e meio ainda não tinha conseguido ter filhos. Rezou muito e pediu à Menina Izildinha que intercedesse por ela. Para sua alegria, engravidou e um fato raro aconteceu: estava gravida de gêmeos, porém, fecundados em dias diferentes. A gravidez transcorreu normalmente até o 6º mês (28 semanas), quando nasceram Lucas e Gabriel, pesando cada um 910 gramas, tendo ficado internados por cerca de quatro meses. ‘Todos os dias eu chegava do Hospital São Paulo que fica em Araraquara e, antes mesmo de ir para casa, passava no Mausoléu, para rezar e pedir à Menina Izildinha que intercedesse pelos meus filhos’, conta Izilda.
O relato segue: “No dia 9 de junho de 2001, no primeiro dia da Novena em louvor à Izildinha, os médicos comunicaram-lhe que Lucas recebera alta, mas Gabriel ainda precisava de cuidados. No dia 17, ultimo dia da novena, aconteceu a alta de Gabriel, que dias depois voltou a passar mal, ficando internado por mais 45 dias. Ao voltar para casa com o filho, Izilda percebeu que Lucas tinha algo diferente no olho. Levou-o ao medico e este comunicou-a que seu filho era cego das duas vistas. Sem perder a fé, pediu à Menina Izildinha que lhe mostrasse um caminho para aliviar o sofrimento do filho Lucas. Orientada pela doutora Eliane Perdonatti, procurou um oftalmologista em Goiânia que, após consultar o garoto, comunicou que ele realmente não tinha a visão de um dos olhos havia um descolamento de retina e ele passou por uma cirurgia.
HOJE – Ao conversar com a mãe Izilda, quase 16 anos depois da primeira matéria, é possível notar, em sua voz, a emoção do acontecido. “Quando o médico disse que meu filho era totalmente cego, lhe perguntei. Doutor, o que posso fazer por ele? Nada, foi a sua resposta. Ele tinha quatro meses e meio de vida. Saí do consultório e pedi a Menina Izildinha que mostrasse um caminho para meu filho para que ele fosse feliz . E ela me mostrou, tanto, que hoje, ele está no terceiro colegial e tem uma vida normal (necessita apenas de livros escolares com fontes maiores, para não cansar a sua vista). Eu levei uma criança triste para a cirurgia e saí de lá com uma criança totalmente diferente, alegre. Em nenhum momento eu perdi a minha fé. Tenho a certeza que foi a Menina Izildinha que intercedeu pela saúde deles”.
No próximo dia 25 de março, Lucas e Gabriel completam 17 anos de idade. “Volto anualmente a Goiânia para consultas. E na primeira vez que voltei, o médico logo me disse: ‘você deve ser uma pessoa de muita fé, pois quando entra no meu consultório, você está sempre sorrindo e confiante’. Tudo isso eu devo à Menina Izildinha”.