Hoje, dentro de minha coluna quero fazer uma justa homenagem ao saudoso amigo Reginaldo Maran, que recentemente nos deixou.
Ainda muito jovem trabalhou comigo, foi quando começou a mostrar suas qualidades artísticas publicamente. Vi naquele rapaz um futuro brilhante. Conversava muito com ele e sempre lhe incentivei, dizendo que seu futuro seria promissor, principalmente pelo talento e maneira peculiar de ser. Era humilde, sempre pronto para colaborar com o próximo e dificilmente se ouvia um não de sua boca. Uma pena ter nos deixado prematuramente.
No início dos anos 90, um conhecido meu que trabalhava em uma agencia de publicidade, quando conheceu seu trabalho, através do jornal A Comarca Regional, o qual eu dirigia, o convidou para trabalhar com ele em Ribeirão Preto, porém, Reginaldo recusou o convite, pois queria ficar em sua Monte Alto, perto do seus familiares e amigos. Sempre trocávamos ideia. Nos últimos dias de sua vida estive com ele e conversamos, no leito do hospital, fizemos uma espécie de resumo de sua vida.
Na última visita, ele me disse:
– Está tudo certinho, vou voltar para casa, Carlos (assim ele me chamava, era uma das poucas pessoas, além dos meus familiares e da diretora deste semanário que me chamam pelo meu primeiro nome). O médico vai me liberar. E assim aconteceu, ele foi para casa.
Dias depois, voltou para o hospital de onde, infelizmente, partiu para o céu. Eu estava viajando e quando cheguei fiquei sabendo; fiquei arrasado, não pude dar meu último adeus ao meu amigo, meu talentoso jovem, como eu costumava brincar com ele.
CARNAVAL ERA SEMPRE IMPORTANTE UM PARA O OUTRO
Nos carnavais, Reginaldo Maran foi figura sempre marcante desde quando começou ajudar e se aprimorar com o conhecimento do professor Luiz Carlos de Vicente, que era o nosso mestre dos carnavais. Nos últimos anos, Reginaldo vinha fazendo vários trabalhos isoladamente para blocos, inclusive para alguns que desfilam este ano. Na minha última conversa com Reginaldo perguntei: e o carnaval este ano começa mais cedo? Ele me respondeu tudo certinho, frisou: vai ser jóia, Carlos.
MINHA HOMENAGEM A REGINALDO MARAN
Como Reginaldo amava o carnaval, vivia o carnaval e fazia o carnaval, escolhi essa marchinha de 1951, cantada por Dalva de Oliveira, uma das cantoras de maior de sucesso nos carnavais, de autoria de um poeta para um amigo que amava carnaval e partiu antes do carnaval daquele ano.
ZUM, ZUM
OH ZUM, ZUM, ZUM, ZUM TÁ FALTANDO UM, OH ZUM, ZUM, ZUM, ZUM TÁ FALTANDO UM.
BATEU ASA, FOI EMBORA, DESAPARECEU. NÓS VAMOS SAIR SEM ELE, FOI A ORDEM QUE ELE DEU. OH ZUM, ZUM, ZUM, ZUM TA FALTANDO UM.
ELE, QUE ERA O PORTA ESTANDARTE, E QUE FAZIA ALAÚSA E ZUM ZUM.
HOJE O BLOCO ESTÁ MAIS TRISTE SEM ELE, ESTÁ FALTANDO UM.
A foto acima foi tirada no CEREM, onde Reginaldo trabalhou por muitos anos, colecionando obras e amizades. Última foto (selfie) tirada e tratada por ele, estava como papel de parede do seu telefone celular. Seu único irmão, Rogério, o conserva como Reginaldo deixou.
OAB NOVIDADE
A OAB do Paraná, vale frisar, do Paraná, aprovou, por unanimidade, uma Moção, encaminhada ao Conselho Federal da categoria pedindo a suspenção da abertura de novos cursos de Direito no Brasil por um período de 10 anos. Segundo a entidade, hoje o país tem um milhão e cem mil advogados, quase dois milhões de Bacharéis e mais 750 mil estudantes de Direito. Segundo pesquisas feitas pelo órgão, o Brasil tem mais advogados do que a China.
CRM QUER MUDANÇA
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo quer mudanças urgentes na formação dos novos médicos no País. Encabeça um movimento para que os médicos que se formarem doravante façam uma prova para poder exercer a profissão, assim como os advogados, que após a faculdade, precisam prestar prova para ingressar na profissão. Querem também uma avaliação das faculdades, já que, segundo um levantamento feito pelo Conselho Paulista (que está em contato com outros Conselhos do País), tem muitas faculdades que não estão ligadas a um hospital, fato que, segundo os dirigentes da entidade, é um absurdo uma faculdade de medicina não ter um hospital para os alunos fazerem aulas práticas. Para finalizar, o CRM de São Paulo está reivindicando que seja suspensa por cinco anos a abertura de novos cursos de Medicina no Brasil.
RECORDAR É VIVER
Nosso amigo Francisco Barroso, o “Foca” foi, durante décadas, rei Momo dos carnavais de Monte Alto, tanto do carnaval de rua como dos clubes. Ultimamente andou com problemas de saúde. Graças a Deus agora está melhor e nada mais justo que, tanto o poder público como a diretoria do Campestre, prestassem uma singela homenagem a um dos eternos Rei Momo dos carnavais montealtense.