MISÉRIA
A pobreza é necessária para a prosperidade dos ricos. Nenhum país do mundo está livre da pobreza, quando faltam pobres, os Estados considerados ricos importam a pobreza. A base da humanidade é o desiquilíbrio social. Se um dia, no passado remoto houve igualdade, ela foi breve, se dissolveu por necessidade. Os próprios ricos não querem que a riqueza seja de todos, o mérito de ser rico está na suposta superioridade. Se a riqueza depende da pobreza, a recíproca é verdadeira.
No Brasil existem 52 milhões de pobres, deles, 28 milhões vivem abaixo da linha da pobreza. Isso gera uma das maiores desigualdades sociais do planeta. A distribuição de renda no país é um tabu, os ricos brasileiros agem como seus antepassados na Idade Média. A realeza, os nobres e os oligarcas se reuniam em comitiva para visitar os camponeses, que trabalhavam em estado deplorável. Crianças com cinco anos, idoso, deficientes físicos, grávidas e trabalhadores em regime de escravidão eram uma espécie de ícones para a riqueza, que se orgulhavam em saber que as pessoas naquela situação conseguiam sobreviver. Eram exemplo para as crianças nobres que ficavam felizes em ser o que eram e não o que viam. Muitos príncipes eram obrigados a fazer uma espécie de estágio junto à pobreza, como preparo para assumir o poder. Os ricos atuais praticam a mesma coisa com métodos diferentes. Embora pareça contraditório, os ricos admiram mais os pobres do que estes àqueles.
BÍBLIA
A passagem do Novo Testamento que narra um rico perguntando a Jesus o que ele deveria fazer para seguir seus ensinamentos é uma prova do que a riqueza sente em relação aos pobres. Quando Jesus disse que ele deveria vender tudo o que tinha e seguir o caminho dos apóstolos, o rico sumiu. Até hoje os cristãos estão esperando aquele e outros ricos!
PROTETOR
As desgraças que aconteceram com a família norte-americana dos Kennedy foram amplamente divulgadas na imprensa mundial, o que gerou um ditado, sobre a incompetência do Anjo da Guarda da família.
TELÃO
Desde os anos trinta que os EUA usaram e abusaram do cinema para a publicidade do país e dos produtos que fabricavam. Um destacado foi o cigarro, todos os filmes e os protagonistas faziam apologia do cigarro e suas novidades. O lançamento do cigarro com filtro foi através do cinema e dos ídolos da época, o Brasil se rendeu ao tabaco.
BATINA
No Brasil colônia e império, até a república, quando o brasileiro respondia sobre a autoridade principal das cidades, era afirmativo: é o Padre! Na ordem, quem mandava na cidade era o Padre, o prefeito, o delegado e o juiz. A república tornou o país laico e os religiosos perderam o prestígio popular.
FINAL
No conceito popular o mundo sempre teve data para acabar. As duas últimas foram o ano 2000 (dois mil passará, dos dois mil não!) veio o 2000 e nada aconteceu. Depois surgiu o calendário Maia que terminava no dia 12/12/2012. Se o calendário dos Maias encerrava naquela data, obviamente o mundo acabaria. Para os que tinham medo do fim, ele mais uma vez não veio. Vamos esperar o ano 3000.
CLT
A Lei da Consolidação do Trabalho foi adotada no Brasil em 1940, por obra de Getúlio Vargas e anuência de Musselini. A lei surgiu na Itália com o fascismo.
A CLT previa o abono de faltas do empregado por motivo de doenças. A gripe ou resfriado não eram considerados doenças abonáveis. Foi assim que ambas ganharam o nome de doença de rico. No popular, o ditado ainda tem citação!
DITADO
Errar é humano. Persistir no erro é lusitano.
LISBOA
No Brasil colônia, Portugal não permitia que a metrópole exportasse para cá a cortiça, até hoje é o único produtor mundial. A precaução era para que a colônia não fabricasse rolha e consequentemente, fabricar bebidas. Sem a rolha, as bebidas fabricadas no Brasil como vinho e cachaça eram engarrafadas e lacradas com barbante traçado em fibras. Foi dai que veio a tal de marca barbante para as bebidas sem qualidade ou clandestinas. A expressão é usada raramente agora.
PINTURA
Todos conhecem o quadro pintado por Pedro Américo que mostra o evento da Independência do Brasil, no dia sete de setembro de 1822. A obra tem vários erros, entre elas, os cavalos. D. Pedro e os soldados estão montados naqueles cavalos de raça com suas montarias impecáveis. Não foi isso que aconteceu, a comitiva veio de Santos, distante 80 quilômetros, de estrada íngreme; era tudo serra e o único animal capaz de vencer aquelas dificuldades eram as mulas de carga, improvisadas como montaria.
PERDÃO
O polêmico indulto concedido aos presos pelo presidente da república no Natal é um fato antigo e internacional. Desde a idade média os reis concediam indultos aos presos, que mereciam a liberdade.
Na França, todos os anos o rei libertava um preso. Ao visitar a prisão para entrevistar um preso, ele ouvia súplicas de todos alegando inocência. Um deles, ao ser indagado se era culpado, disse que havia cometido crime e merecia estar preso. O rei disse que ele estava livre, porque foi o único a dizer a verdade!