Sonhos,
os primeiros, da infância …
Depois,
os da adolescência
cheios de perfume,
cor da rosa,
do tamanho do mundo …
Depois, as dúvidas …
Depois,
a realidade nua e crua !
E a certeza de que a luta
é solitária,
de que o passado
ficou sozinho.
O presente
não vem embrulhado
em papel dourado…
O futuro
uma incógnita.
Sem volta,
o coração prossegue
na árdua luta
de pulsar sem querer
e se agarra
a uma ilusão qualquer.
Ilusões sem raízes,
sem força para segurar
tanta esperança…
E a dor que não tem cura
veste – se de armadura.
E resta o ser quebrado,
não mais novo …
Mas ainda resta
um caminho, talvez o último
e nele, quem sabe,
encontra – se de novo
a Esperança …