Em Monte Alto, educadores pedem salas de aula com menos alunos e repasse para escolas
Manifesto realizado na Diretoria de Ensino de Jabotical, na semana passada, com a participação de vários professores montealtenses
Os professores da rede estadual decidiram em assembleia realizada na sexta-feira, 27 de março, manter a greve da categoria que começou na segunda-feira, 16. Após votarem pela continuidade do movimento, os professores seguiram em caminhada desde o MASP até a Praça da República, no Centro de São Paulo.
Em Monte Alto são 28 professores em greve, sendo 16 da escola Jeremias, 7 no Nelly e 5 no Zacharias. “Após a eleição do ano passado, foi cortado o repasse para verbas das escolas, que são utilizadas na compra de equipamentos e melhorias nas instalações. Além disso, estamos protestando contra a diminuição da quantidade de salas de aula, pois, dessa forma, existem salas com até 40 alunos e, para um ensino de qualidade, o número máximo é 25”, explicou Cristiano Rodrigo Gobbi, representante dos professores do Jeremias e Nelly.
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) quer reajuste de 75,33%. O governo diz que deu aumentos acumulados de 45% nos últimos quatro anos. A Secretaria da Educação do Estado diz que vai conceder 10,5% de reajuste para professores bem posicionados em uma prova. “O reajuste real, nos últimos oito anos, foi de 26%, sendo que a inflação nesse período foi de 60%. O reajuste teve ainda gratificações incorporadas”, complementou Cristiano.
Mesmo com as escolas montealtenses contando com professores substitutos, os alunos terão as aulas respostas. “Isso é de direito do aluno. Pode ter certeza que nenhum ficará sem o seu ensino devido”, encerrou. Mais uma reunião entre professores e Estado está prevista para os próximos dias.