Confesso que a chuva
sufoca-me,
mesmo sabendo
que ela não apaga
o ar que ainda dança,
mesmo sabendo
que ela é linda
em seu pranto,
mesmo sabendo
que por trás dessas
cortinas
a estrela ainda brilha
pra outra criança.
Confesso que a chuva
apaga meus temores
acaba com meu cansaço,
e desata o nó
desse laço
que aperta meu coração…
Mas, a esperança do sol
é mais forte
dando-me a força
da energia
e o destemor
do escuro –
o medo
do que não conheço.
Espio pela vidraça
pontilhada de gotas
e com os dedos
vou secando
gota a gota
pensando que tudo é nada,
que tudo passa
que por detrás de toda
agonia
há um abraço,
e a mão de Deus
que me segura…
Adormeço…